3.3.11

«QUEM ESPERA POR SAPATOS DE DEFUNTO MORRE DESCALÇO»*

«O candidato egípcio que, em Setembro de 2009, sonhou vir a sentar-se na cadeira de director-geral da UNESCO está onde há muito devia estar: em prisão domiciliária. O voto de Portugal - uma excepção, no quadro europeu - neste candidato, que arrastava consigo um variado currículo de crimes, ficará certamente como um dos momentos mais negros da diplomacia portuguesa, e como um episódio que revelou uma injustificável submissão de princípios nucleares a interesses mais do que duvidosos, abalando a imagem de Portugal como País defensor dos direitos humanos. Submissão que, numa entrevista vulgar (ao DN do último domingo), o ainda titular do MNE voltou a defender. Com nuances, claro, mas sem emenda: Cineri nunc medicina datur


*título de uma curta-metragem de João César Monteiro (1971)

4 comentários:

MINA disse...

Talvez fosse conveniente que Carrilho explanasse qual o currículo de crimes do ex-candidato egípcio a director-geral da UNESCO e ex-ministro da Cultura do Egipto, Faruq Hosni.

Nem tenho a certeza de que Faruq Hosni esteja em prisão domiciliária...

burns disse...

mais um lamentável episódio que mostra a vergonha que este governo nos tem feito passar lá fora com a cumplicidade dos média nacionais que escondem o embaraço e a vergonha que altos dirigentes europeus têm de ser fotografados perto de dirigentes nacionais.aliás,quem tiver que se deslocar lá fora pode constatar o desprezo e o modo acintoso como olham e falam para nós portugueses

Anónimo disse...

Pois é. Também o prof Marcelo, na sua última "missa de domingo" bateu no MNE por causa da cambalhota a propósito da Líbia. Eu imagino os flic-flacs, mortais encarpados, e outras figuras de nota artística elevada que o prof e muito boa gente vai dar quando em Angola o sr dos Santos cair em desgraça. Já faltou mais.

Ana Cristina Leonardo disse...

ainda no outro dia me perguntava por onde andaria esse animal...