O Expresso traz uma entrevista curta com Pedro Santana Lopes. Para utilizar uma expressão recentemente grata a Medeiros Ferreira, Lopes não sabe recolher a quartéis. A mini-entrevista é uma espécie de oferta de uma caixinha de After Eights a José Sócrates, um recuerdo de um "injustiçado" a outro "injustiçado". Sócrates destruiu Lopes na urnas, há seis anos, mais isso não interessa nada a Lopes. Sócrates, de mão dada com Constâncio, arrumou-o numa vasta prateleira de irresponsabilidade, mas isso agora também não interessa nada. Não. Para Lopes o que conta presentemente é estar contra os "seus" e "compreender" o sofrido Sócrates em regime demissionário e de gestão. Esta é a primeira parte patética da coisa. A segunda, é o "movimento (?)" que ele está a preparar e cujo destino não ser será difícil de adivinhar. Finalmente, Cavaco. Lopes odeia Cavaco (é um direito humano) e o momento em que refere o PR é aquele em que o delíquio por Sócrates (a "compreensão") se torna mais pungente. Porque é a "experiência comum" com Sócrates, a "tensão" com o PR, uma coisa que "tem de acabar na próxima revisão constitucional" pois, diz Lopes, "não há mais nenhum país em que o Presidente possa dizer mal do seu Governo." Lopes, um proto-candidato a Belém em 2016, parece almejar um PR cego, surdo e mudo, não apenas limitado pela actual constituição parlamentarista, mas um verdadeiro eunuco político nas mãos do caprichismo voluntarista dos primeiros-ministros. Que lindo "movimento".
9 comentários:
Já li o seu livro, dr. João Gonçalves.
Gostei especialmente da parte que se refere a um padre alegadamente poeta, de seu nome Tolentino - ou será Tolo-sem-tino?
Em tempos dei-me ao cuidado, precisamente na FNAC do Chiado, de ler umas coisas do dito. Cheguei então à conclusão de que o inteligente do padre descobrira a pólvora "poética": mete num saco uns papelinhos com certas palavras que depois vai retirando e juntando no que julga serem versos e, assim, parindo "poemas! Claro que nem ele sabe o que aquilo quer dizer - e muito menos o hão-de saber os leitores.
Mas isso que importa? A indigente esquerda literata e a foleirice editorial convencionaram que o reverendo é mesmo poeta - e daí as sucessivas edições e reedições, tudo com destino certo à trituradora de papel, que oportunamente veio substituir a fogueira dos chaços.
Até há pouco tempo (e não sei se ainda, porque deixei de ouvir quanto me cheire a socretinismo...), a catolicíssima Rádio Renascença, num programa dominical dedicado a actualidades religiosas, incluía uma rubrica a cargo do presbítero em causa, intitulada "Sugestão cultural". Aí o Tolo-sem-tino propagandeava os livros, exposições, etc., do comadrio esquerdista da praxe, obviamente sem qualquer relação com o espírito do programa. Se a coisa já acabou, parece-me urgente que seja retomada...
Concluindo: isto é assim e não há nada a fazer.
Já desisti de tentar compreender Santana Lopes.
Estou descontente.
O meu partido já não é o que era.
Talvez saia.
Talvez deixe a política.
Talvez Portugal necessite de outro projecto.
Olhem que eu estou descontente.
Eu posso sair!
Já tenho tudo preparado mas ainda cá estou mais algum tempo.
Ontem ainda sou militante.
Guio-me pelos valores de Sá Carneiro.
Está quase.
Está aí alguém?
Ontem dei uma entrevista e não estou senão na capa do PJ.
Olhem que eu saio mesmo.
Sócrates tem sido muito atacado.
Já estou a aparecer mais um pouco.
Olhem que eu saio mesmo.
É sempre a mesma cantilena, agarra-se a Sá Carneiro como se este lhe tivesse encomendado o sermão. Nunca teve os "cinco" bem aferidos, nem nunca os terá.
Deviam, por caridade cristã, aplicar a Lei da Rolha a esse cromo da nossa democrácia...
Este cromo "amais" o Pacheco Pereira só sobrevivem no meio destas trocas e baldrocas... De resto há muito que tinham recolhido aos curros ( salvo seja)
O Santana Lopes está cada vez mais a surpreender-me, mas pelas más razões. E eu que sempre gostei dele e sempre o defendi. Mas já chegou. Então ele está a pôr-se cada vez mais contra o seu partido e a adoptar mais e mais as teses estrambólicas e meio aloucadas emitidas pelo badameco (nome que se lhe aplica que nem uma luva, há tempos assim apelidado por um comentador) semi-analfabeto, que chefia e mal, aliás excelentamente acompanhado pelos seus bravateiros-sombra, o partido dos traidores, vigaristas e aldrabões?!?
Será que ele está a tomar algo estranho ou, talvez, quem sabe, a beber qualquer mistura ruim que lhe estejam a administrar sem que ele se aperceba? Ou será que ele sempre foi assim mas escondeu astutamente esta sua faceta, podendo hoje em dia ser considerado um verdadeiro farsante?...
Que estranha esta alteração de carácter vinda de alguém como S.L. E isto já se verifica desde há algum tempo. E não tão pouco assim.
Nunca pensei vir a escrever estas linhas.
Maria
O Santana devia era estar a ver o que o pretinho, o zé e a lena andam a fazer na "cambra". Foi para isso que votei nele, já que não ganhou...
PC
Que decepção! Mais este a juntar ao Pacheco e ao Marcelo. Valha-nos Deus!
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