«O momento não é para contabilistas que reduzem o futuro à próxima eleição.» Precisamente porque o futuro não virá de "próxima eleição" cujos resultados (oxalá me engane) serão demasiado atomizados. Haverá uma coligação de circunstância (PSD/CDS/ornamentos ditos "independentes") que não durará mais de dois anos. Depois o PR terá de intervir e chamar os partidos (todos) à responsabilidade, leia-se, à formação de um governo muito parecido com o de Pinheiro de Azevedo em 1975, desprovido dos tiques da partidarice primitiva que nos conduziu a isto. Há homens "bons", disponíveis em todos os partidos (e fora deles), prontos para isso e que, uma vez resolvido o assunto, saem de cena com o mesmo empenho cívico e patriótico com que entraram. Agora vamos apenas para mais uma mezinha sem grande futuro. É isso que o Conselho de Estado (a que isto chegou) vai "aconselhar" a Cavaco.
6 comentários:
Com representação parlamentar competente, não é necessário maioria. Aliás, já sabemos no que resultam maiorias.
e os números do euromilhões para mais logo ?
O problema é mesmo, como escreveu Carrilho, a identificação de um desígnio nacional, sem o qual tudo não passará de palavras vãs.
Está mais que visto que isto não vai com quadrilhas de políticos.
A Islândia está, segundo dizem, a ensaiar um caminho que me parece o mais indicado para Portugal.
Primeiro, substituir a Constituição que foi criada pela corja política.Depois eleger deputados directamente pelos cidadãos eleitores, isto é, por todos os que estiverem em condições de votar.Acabam-se com as tricas partidárias e colocam-se na governação do país homens que tenham dado aos cidadãos eleitores sobejas provas de carácter, de honestidade, de seriedade,de qualidades de trabalho,que não usem da canalhice para fazerem valer os seus pontos de vista e que acima de tudo lutem pelo bem da Pátria e não apenas pelo seu bem e do grupo de amigos e afilhados.
Ou seja mais um ignóbil a favor da favor da mentira e da vigarice.
A gente que não vem das ciências duras gosta muito da flexibidade com a verdade da suas disciplinas.
A propósito, já vai no 9ºDia em que nenhum partido da oposição e nem o Presidente falam de Auditoria ás Contas Publicas.
lucklucky
Penso exactamente o mesmo dos homens bons dentro e fora dos partidos.
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