17.10.10

DA DEMOCRACIA


«Se não há nada melhor que as democracias, nada haverá mais tirânico, medíocre e estúpido do que elas.»
Carta de Dezembro de 1969 a Guilherme de Castilho

5 comentários:

Anónimo disse...

Só posso dizer, comentando, que subescrevo a 200% a lúcida frase. E claro, cumprimentar o Dr. Gonçalves pelo conhecimento de Sena que lhe permite exumar judiciosamente estes pensamentos.

Ass.: Besta Imunda

Anónimo disse...

Um pensamento exemplar. E dizendo isto está tudo dito.

Anónimo disse...

Nada poderia ter sido escrito com mais clareza e sabedoria. A verdade nua e crua sobre as democracias está aqui inscrita na sua real e exacta dimensão.
Que pena Sena já não estar entre nós para poder verificar como se comportam as falsas democracias nos dias que correm e assim poder oferecer-nos muitas mais pérolas deste jaez.
Parabéns a Sena por ter-se expressado tão inteligentemente sobre as democracias. Que as suas sábias palavras fiquem para a História. Aliás já fazem parte dela.
E parabéns a si por reproduzi-las.
Maria

Anónimo disse...

Não conhecia a frase pois costumo usar a minha que diz " O grande desígnio da democracia é a escravatura", como o Grande desígnio Nacional é a inveja. A democracia foi morta pelo voto que foi comprado com o dinheiro dos impostos dos escravos. É uma invenção de topo dos gregos, e que funcionava porque tinham escravos, (a nossa também).
A única vantagem da democracia é que podemos escolher o ditador.

É de bolo e queima

Isabel disse...

Observe-se também a lucidez da "Nota Biográfica" de Fernando Pessoa, datada de 30 de Março de 1935: a oito meses da sua própria morte, que previra astrologicamente, o Poeta fornece os mais lúcidos dados sobre a sua existência. Eis alguns dos mais relevantes:
Profissão: A designação mais própria será "tradutor", a mais exacta a de "correspondente estrangeiro em casas comerciais". O ser poeta e escritor não constitui profissão mas vocação.
Funções sociais que tem desempenhado: Se por isso se entende cargos públicos, ou funções de destaque, nenhumas.
Ideologia política: Considera que o sistema monárquico seria o mais adequado para uma nação organicamente imperial como é Portugal. Considera, ao mesmo tempo, a Monarquia completamente inviável em Portugal. Por isso, a haver um plebiscito entre regimes, votaria , com pena, pela República: Conservador do estilo inglês, isto é, liberal dentro do conservantismo e absolutamente anti-reccionário.
Posição social: Anticomunista e anti-socialista.
Resumo de estas últimas considerações: Ter sempre na memória o mártir Jacques de Molay, grão-mestre dos Templários, e combater, sempre e em toda a parte, os seus três assassinos - a Ignorância, o Fanatismo e a Tirania.
Sem dúvida, e Pessoa prova-o aqui, o exílio interno é ainda outra forma encontrada pelos nossos GRANDES de sobreviver a "isto"em que Portugal progressivamente se tornou.