Da última vez que António Costa "ameaçou" um "camarada" - ao tempo ele era ministro da justiça do bonzinho Guterres e o dr. Sá Fernandes mero secretário de Estado - por causa de determinadas declarações de que ele discordava (e ele deu a escolher entre si e o ajudante), o "ameaçado" saiu do governo. Acontece que, ao solicitar indirectamente a Sócrates que remova o académico Pereira (um desgraçado erro de casting) da administração interna, Costa revela o seu próprio falhanço como MAI. E não foi assim há tanto tempo que ele deixou o pelouro. Esta manobra, porém, não é fruto do acaso. Costa precisa urgentemente mostrar que é presidente da CML, algo que raramente se nota. Pereira é apenas um pretexto.
6 comentários:
Não tinha pensado por esse ângulo: a patorra de número dois e mandatário da moção imóvel socratinesca, Costa, como que, noutro registo diverso do de Lello e Vitalino, engrossa a voz a voz para 'fragilizar' o beiçudo Rui apreciador guloso de mulheres boas nas paradas e cocktails informais do regime? E com isso ganha existência autárquica? Na mosca!
O certo é que está na moda e rende ser oposição paradoxal. Esta gente da socratura prada, se nisso descobrisse vantagem, viria para a Praça fazer oposição a si mesma, como a fazemos.
É sempre assim. Quando estão no poleiro são uns nulos. Mas sabem grasnar quando estão fora dele.
Nojo de políticos.
Concordo, João, o António Costa vai ter de dar nas vistas de qualquer maneira, e mostrar, com um suave «bate-pé», «independência» em relação a Sócrates em questões camarárias de lana-caprina. Obra feita, ele não tem para mostrar. Mas barulho inconsequente (ou teatro) ele sabe e vai fazer. Veja-se a sua «decidida» intervenção na questão (puramente estética) da terceira ponte (intervenção que parece que inviabilizará um certo tipo de tráfego no rio, mas adiante…)
Eu julgo que ele pretende um pouco mais... estas referências do PS!
Há no entanto uma verdade que se lhe aplica e aos que vierem a seguir também.
O Presidente da Câmara de Lisboa não manda em duas coisas essências; no trânsito e nos transportes públicos.
Acresce que a pulverização de freguesias que deviam ser reduzidas a cinco ou seis não ajuda a governar Lisboa.
Talvez António Costa esteja a tentar mostrar alguma distância em relação ao governo para não sofrer por osmose nas autárquicas.
Se assim for, é um incomensurável descaramento.
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