6.3.09

"JORNALISTAS" E UMA JORNALISTA


A rádio pública, na sua "antena aberta", dedicou-se a promover o cabeça Vital Moreira. Primeiro, Flor Pedroso, a controleira de Marcelo, entrevistou o dito. Depois, "abriu-se" a antena ao povo e a esse isento comentador chamado Raul Vaz. Vaz, sem qualquer pudor, defendeu o querido líder e aquela sua peregrina ideia de juntar as legislativas com as europeias. Um "académico" qualquer presente secundou a coisa, como se os ouvintes fossem todos idiotas, com o argumento de que isso ajudava o povo a compreender melhor a "ideia da Europa". Felizmente apareceu a seguir alguém que pediu a Vaz uma declaração de interesses depois do papagaio ter "batido" em Cavaco por não ter dado cobertura à manobra de Sócrates no sentido de antecipar as legislativas. E são isto jornalistas. Dá vontade de os mandar para onde o deputado Martins, do PSD, mandou o alarve Candal Júnior. É por estas e por outras que custa a engolir a Manuela Moura Guedes, não é?

Adenda: Em comentário, o Carlos Abreu Amorim esclarece que o académico presente no tal programa é o PMF do Blasfémias. Confesso que não fixei o nome. Todavia, retive que ele leva a sério as "europeias" como um momento para discutirmos a Europa como se alguém por cá estivesse interessado em discutir a Europa. As "europeias" são uma mega sondagem para as legislativas. O resto é rebarbativo e fretes ao regime. Só não percebo como é que o PMF consegue participar num programa onde está presente Raul Vaz. Há gostos para tudo.

13 comentários:

Anónimo disse...

A gamela, mesmo quase vazia, continua a deslumbrar as aves canoras desta selva. Ao povo votante não há Magalhães que o salve. Talves a fome resulte...

Karocha disse...

Estou com um dedinho,o tal do sexto sentido feminino, que me diz que o jornal da TVI com a Manuela Moura Guedes, vai ser muito engraçado!!!!

Anónimo disse...

Ora aí está!

Anónimo disse...

Esgravatando um pouco mais fundo (cada cavadela, cada minhoca), somos capazes de encontrar agências de comunicação, como as de José libano Monteiro, à qual muitos dos média em Portugal se abastecem de "boas novas". Jornalismo de investigação "já foi chão que deu uvas" :D.

Depois, basta encontrar / usar uma estagiária de serviço: "jornalista" que complete o "activo" (tóxico).

Et voilà, que nos valha a(lguma) blogosfera.

A

Rui


PS. O caso das peças que ontem passaram na TV relativamente às virtudes do actual cenário económico versus "férias de verão", foi um brilhante exemplo disso.

Isaac Baulot disse...

Já vi essa cena do alarve Candal Júnior na Tv em várias repetições, e vejo sempre o alarve falar muito tempo e em seguida o deputado Martins, em off, a mexer a boca com trejeitos iguaizinhos aos dos jogadores de futebol.
Eu, se pudesse, mandava o alarve Candal mais a televisão para o caralho.

manuel gouveia disse...

A rádio pública tem que ser séria e contida. Depois o assunto é marcante para a sociedade portuguesa, afinal trata-se daquilo que o Sócrates quer! Alguma dúvida?

CAA disse...

João,

Discordo.
Primeiro o debate foi interessante.
Depois o«"académico" qualquer presente» era o PMF do Blasfémias que sabe muito bem o que diz, é independente e não age por encomendas.
Por último, o PMF não secundou Raúl Vaz, pelo contrário.

CAA

Anónimo disse...

Apesar da Democracia ser fundamental, o facto de termos poder para criticar tudo e todos, sem olhar a consequências, é no mínimo assustador! Na minha opinião, nos últimos anos , a classe jornalística do nosso país, tem tido problemas em compreender a diferença entre "respeito", "informação" e "abuso de poder"... O facto de não se respeitar ninguém, tratando-as (pessoas) como "conhecidos" menosprezando a sua inteligência, poder e autoridade, é inadmissível.
É sempre bom relembrar que Vital Moreira é um académico de renome legislador de excelência e INDEPENDENTE!
Este texto é forte, mas de uma maneira negativa, visto que os argumentos utilizados são vazios de conteúdo...! É sem dúvida um texto que não deve ser levado a sério (pelo menos é essa a mensagem que transmite), contudo não deixa de ser uma opinião e deve ser considerada como tal.

PQ disse...

Que análise mais isenta...

Anónimo disse...

Ditadores

Quando a TV entende dar-me momentos de boa disposição, faz passar partes de discursos de Hitler.
Como me descontrai a sua voz tonitruante e os seus gestos significativos, quando vociferava contra os plutocratas e todos aqueles que não aceitavam a sua nova ordem.
Há quem defenda que este ditador horroroso se tornou no que era em consequência do pai que teve e por não ter conseguido realizar o seu sonho de entrar no curso de pintura das Belas Artes.
Depois de elevar o III Reich a paragens nunca antes atingidas, a sua paranóia precipitou-o no mais horroroso dos abismos.
Acabou num bunker com uma bala na cabeça.
Têm-se feito inúmeros estudos para tentar perceber o que haveria em Hitler que o possa ter levado à prática de procedimentos censuráveis, de crimes tão hediondos.
Quando ouço a voz e vejo os gestos do ditadorzeco de cá, nas ocasiões em que bota faladura, lembro-me sempre de Hitler. A diferença entre eles explica-se apenas, até ao momento, por uma discrepância de intensidade. O ditadorzeco de cá não tem o nível de Hitler (muito gostava de o ver a conduzir a Alemanha, para a tirar do caos em que a lançou a chamada primeira guerra mundial; na luta contra a Europa, na qual incluo a URSS, e contra os EU); valha-nos ao menos que, ao que se saiba, ainda não mandou prender ninguém e muito menos matar, mas tal facto não é razão para nos podermos considerar absolutamente tranquilos nos tempos que estão a correr e nos que estão para vir.
É provável que não tenha tido um pai tirano ou uma mãe de pelo na venta. A única coisa que se sabe, para já, é que o pai vive num lado e a mãe noutro. As razões de tal situação poucos as devem conhecer. A anomalia que se nota nele terá origem nesta situação dos pais?
De quem herdou a propensão para o mando estúpido, para a vaidade cretina que, embora males menores que sempre irritam, ainda se vão tolerando? Do pai, da mãe? Que se investiguem com o cuidado necessário todos os seus antepassados, para se tentar localizar a origem destas suas características tão pouco abonatórias.
Tão-pouco podem ser consideradas consequência imediata de frustrações escolares, como aconteceu com o seu émulo germânico. Tal ideia tem de ser posta de parte, por inaceitável, visto que até foi aureolado com uma licenciatura que lhe foi atribuída por uns tantos anjos cá da Terra.
Mas a mentira, a tendência incorrigível para a aldrabice são, por demais insuportáveis, ao ponto de já não o poder ver nem ouvir.
Tenho por hábito não comprar publicações, tanto jornais como revistas, porque não posso conceber andar a pagar a quem me mente. E porque bulas tenho de aguentar um salafrário político que outra coisa não faz senão enganar, mentir, aldrabar?
Que o povo me livre de semelhante peste no próximo acto eleitoral.

Anónimo disse...

Os meninos do PS têm-se insurgido contra a campanha, que dizem insultuosa, que lhes é feita.
É surpreendente a reacção imbecil de tal gente, pois não se desconhece do que têm sido capazes no campo do insulto: Jaime Gama, de acordo com a comunicação social, em pleno Parlamento, chamou Bocassa a João Jardim e quase apelidou de canalha um deputado da madeira; um Candal, ainda há poucos dias, dizia que MFL era um fóssil do PSD; outro Candal, resolveu ser inconveniente com um deputado do PSD e deve ter tido como resposta, presumo, que fosse à merda. E quer um pedido de desculpas? Desculpas porquê? Por ter sido mandado para a merda política em que ele e outros do Largo Rato chafurdam?
Haja decoro.

ferreira disse...

"Por último, o PMF não secundou Raúl Vaz, pelo contrário.
CAA"


O contrário de
"o PMF não secundou Raúl Vaz"
é
"o PMF secundou Raúl Vaz".

Neste sentido, o CAA tem razão.

joshua disse...

Vital Moreira, com a sua voz aflautada e o seu bigode à Zorro já está a esmaecer as hipóteses do PS nas europeias: o seu anti-carisma e o facto de ter sido um incensador de Sócrates, tendo a economia e a democracia chegado à decrepitude que chegou farão o trabalho silencioso que nenhuma oposição operaria.

Nesse aspecto, se a cidadania vai falhenta e sonolenta, a realidade servir-lhe-á de banho gelado, não tarda. Por isso, as pretensões gloriosas de desfile Formidável em Sócrates estão condenadas. Tal Ego em Oco, que mora no vácuo do seu ser, aguarda a merecida nota de roda-pé, mero parêntesiszeco mal-cheirento, na nossa História.