Natália Correia recita "Defesa do Poeta", num serão de 1968 gravado em casa de Amália Rodrigues, com Vinicius de Moraes, David Mourão-Ferreira e José Carlos Ary dos Santos. Esta açoriana da Fajã de Baixo, recordada pelo Alexandre Honrado, faz-nos falta nesta hora absurda de complacência e de abdicação.
3 comentários:
Parabens,dr.Gonçalves,por ter por momentos ressuscitado a Natália Correia,cuja voz não sabia que estava presente no YouTube. Mas olhe que a escritora inconformada e inconformista,se não apreciaria muito do que temos no nosso panorama de hoje, tambem não o seguiria, e menos ainda alguns dos seus comentadores, nos estranhos devaneios de apelos a novos autoritarismos,ela que era uma verdadeira libertária. Mas que faz falta,faz,e muita.
Os comentários que têm vindo parar a este post, salvo uma ou outra excepção, são tão idiotas que mais vale estarem quietos a ouvir sossegadamente o poema.
Mal topei com esta capa, a sensação foi aquela 'transição emotiva' que acontecia a Proust quando comia as suas madalenas.
Este disco, para mim, já passou o estatuto de must, está acima disso.
Tive-o em vinyl, nos anos 80, e não parava de ouvir.
Anos mais tarde, encontrei-o em CD, comprei. E já vou no 3º exemplar!
- A diferença entre agora e o tempo do vinyl?
Só uma, porque o encantamento é igual: -antes, eles estavam todos vivos, eram referências próximas. Agora, nem um... Vinicius, Amália, Natália, Ary, David Mourão-Ferreira.
Um disco notável, com classificação máxima para 2 'diseurs' de excepção (Natália e Ary dos Santos: - porque é tão raro que um Autor diga bem os seus próprios textos!).
PS- Recentemente li 1 relato sobre uma faceta de Natália Correia que não conhecia e me deixou perplexa. Num livro cuja a leitura, aliás, recomendo vivamente:- a correspondência entre Sophia de Melo Breyner e Jorge de Sena
(à venda, mas não recordo a editora)
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