Paulo Macedo, ex-director geral dos impostos, era genericamente considerado um génio. Praticamente ninguém, do governo à oposição, nos jornais e nas televisões, se poupou nos elogios, lamentando a substituição. Agora, a mesma gente - desde Manuela Ferreira Leite que o nomeou até ao derradeiro escriba que o incensou - descobriu que o bestial gerador de receita foi, afinal, um atentado ambulante ao pudor público. Está em curso um verdadeiro "levantamento nacional" em que participam muitos daqueles que consideravam Macedo uma coisa nunca vista e um "exemplo" a seguir na gestão pública. Os moralistas são sempre os mesmos. Só muda a esquizofrenia.
3 comentários:
Faz lembrar a célebre frase do não menos famoso Gabriel Alves de outra ainda não menos fantástica esquizofrenia típica cá da terra: "A vida de árbitro é assim mesmo: num dia é bestial, no outro é uma besta".
É espantoso!
Como sou moralista que isto sirva de lição para muitos juizos precipiatados.
A ir para a conta-corrente da credibilidade desses comentadores
Só neste país surreal é que a incarnação tuga da personagem de ficção do Xerife de Nottingham é elevada à condição de herói.
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