Mesmo de longe - talvez por isso - o Miguel define bem a circunstância. "Cala-te, ou como quem diz "reduz-te à tua insignificância, lateiro golpista", marcou a cimeira dessas republiquetas ibero-americanas cujo único contributo para a cena internacional parece reduzir-se a um interminável cortejo de ditadores grotescos, ora oligarcas cleptocratas, ora generalecos de exércitos de ocupação dos seus próprios países, ou ainda, mais recentemente, excentricidades para todo o mau gosto. Da manicure-pedicure Kirchener ao vendedor ambulante da Bolivia, do semi-letrado do Brasil à carranca que se prepara para levar a Venezuela para o abismo, a "América Latina" está a bater os seus próprios recordes em matéria de irrisão." Independentemente do sítio para onde nos viramos, o "quadro" das lideranças políticas é confrangedor. Em apenas vinte anos, o mundo, salvo uma ou outra excepção, mudou para pior. No "espaço" ibero-americano acentuou-se o "lado" tropical da coisa, com dirigentes improváveis e irrelevantes, inchados na sua estúpida vaidade rapace. Nós apenas fazemos figura de corpo presente entre o antigo império colonial espanhol e os seus herdeiros vulgares. Nem sequer o Brasil, que nos saiu das entranhas, tem já muito a ver com este "cadáver esquisito" que é o Portugal das "novas oportunidades", contentinho e pequeno-burguês de espírito. Estamos bem uns para os outros.
4 comentários:
O Brasil saiu-nos das entranhas ?
Certamente que que dai virá o "Grito do Ipiranga" !
Pobre América do Sul de tão rica perde-se no essencial!220 milhões de pobres!
O que prova (se fosse preciso) que ser um país rico de matérias primas não é condição suficiente para que o povo viva bem.
Se aparecer petróleo no Beato alguem acredita que os dois milhões de pobres portugueses melhoram a qualidade de vida?
Há dezasseis anos que recebemos dois milhões de Contos todos os dias e os pobres aí estão!
Infelizmente, não é um a questão de falta de meios.É, antes,a falta de vontade!
Caro João Gonçalves
... mas... eu até pensava que já "estavamos" na américa latina! Ainda hoje o João Soares, o filho, defendeu o Chavéz e disse com sapiência socialista que se deve perdoar "os Reis" qual crítica ao regime dos nossos vizinhos, atrasadinhos, coitadinhos...Não é só na América-latina que se está a "viver" o "socialismo do séc XXI"!
Se fosse o Rei ou outro qualquer lider ocidental a chamar ditador e fascista aos dirigentes da América do Sul qual era a reação? Seria uma atitude democrática a clarividente? Uma atitude respon sável e que espelhava a realidade do país visado? Nada mais colonialista.
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