O Eduardo está aposentado. O Eduardo reformou-se seguramente em tempos de previsibilidade. Sabia com o que contava. Fez contas e elas devem ter batido certo. O Eduardo não estava, por exemplo, à beira de poder reformar-se quando lhe alteraram subitamente as regras do jogo. Ou ainda estava tão longe disso que agora deprime-se só de pensar em quantas mais súbitas alterações irão surgir até poder ir para casa ler, escrever e regar as flores. Quem está "activo" no presente anda, pela natureza das coisas, desconfiado. E não precisa de sindicato nenhum para o fazer. Os duzentos mil na rua no dia da gloriosa cimeira de Lisboa não vieram seguramente todos do PC nem a toque de caixa do sr. dr. Carvalho da Silva. A vida fora do quentinho das nossas casas é dura. E em Portugal é muito mais dura do que em França. Por muito que o desdém pela França - tão em moda, tão correcto e tão chique - se esprema, a França pode dar-se ao luxo de comportar Sarkozy e o seu contrário porque tem assegurado o seu lugar no mundo e, em especial, na Europa. Nós somos uma bela praia dessa mesma Europa, com aspirações à vitesse prometida pelos comboios da eng.ª Vitorino e a um modesto lugar no ranking dos "27", apesar da retórica "reformista" em vigor, de Belém a S. Bento. Neste momento, aliás, somos os que menos crescemos dos "27", mas, em compensação, ainda andamos de manga curta a meio de Novembro. Não se pode ter tudo. E a França, malgré nous, tem Sarkozy. E, meu caro Eduardo, deste a Sócrates vai a distância que separa o recheio de uma carteira para frequentar o Eleven e de outra para ir ao Rei dos Frangos, aos Restauradores. C'est la vie, et pas en rose.
2 comentários:
Toi qui marches dans le vent
Seul dans la trop grande ville
Avec le cafard tranquille du passant
Toi qu'elle a laissé tomber
Pour courir vers d'autres lunes
Pour courir d'autres fortunes
L'important...
L'important c'est la rose
L'important c'est la rose
L'important c'est la rose
Crois-moi
Toi qui cherches quelque argent
Pour te boucler la semaine
Dans la ville tu promènes ton ballant
Cascadeur, soleil couchant
Tu passes devant les banques
Si tu n'es que saltimbanque
L'important...
L'important c'est la rose
L'important c'est la rose
L'important c'est la rose
Crois-moi
Toi, petit, que tes parents
Ont laissé seul sur la terre
Petit oiseau sans lumière, sans printemps
Dans ta veste de drap blanc
Il fait froid comme en Bohème
T'as le cœur comme en carême
Et pourtant...
L'important c'est la rose
L'important c'est la rose
L'important c'est la rose
Crois-moi
Toi pour qui, donnant-donnant
J'ai chanté ces quelques lignes
Comme pour te faire un signe en passant
Dis à ton tour maintenant
Que la vie n'a d'importance
Que par une fleur qui danse
Sur le temps...
L'important c'est la rose
L'important c'est la rose
L'important c'est la rose
Crois-moi
OBRIGADA por este MAGNIFICO e JUSTO Post
É um RETRATO PERFEITO ...
... só que nesta fase de ENTROPIA do PAÍS há quem não goste das verdades ...
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