16.4.08

TUDO ACABA? E DAÍ...


Pedro Bandeira Freire, afinal, não aguentou. Lamento profundamente. Sobretudo porque continuamos a aguentar tantos idiotas inúteis e úteis ao "serviço" desta democracia despudorada, amoral e inculta. «Olhando para trás, e agora não posso deixar de o fazer, porque com maior obstinação vejo um túnel ao fim da luz, reconheço que tive uma existência encantada, no sentido que se dá às dos contos de fadas. Fui tocado muitas vezes pela varinha mágica com tudo o que isso possa significar de maravilhoso. Fiz obra, despontei um filho, escrevi algumas árvores e plantei vários livros, imaginei uns filmes e muitos fazem parte do meu imaginário, espaireci na rádio e na televisão, andei por esse mundo, fiz tudo para pintar a manta e o diabo a quatro ou a sete. Tudo isto me submerge numa grande emoção e num sincero sentimento de gratidão que tenho perante a vida. Tudo acaba? Pois acaba! E daí...»

5 comentários:

VANGUARDISTA disse...

Dificilmente um Homem aguenta a filha de putisse de lhe derrubarem o que tanto lhe custou a criar e manter.
Não esquecerei o Quarteto, onde vi grandes filmes, ri, chorei, sonhei, foram tantas sessões da meia-noite da minha juventude, tantos cafés no intervalo, tantas namoradas e amigos me acompanharam, onde "iniciei" o meu irmão ainda um adolescente ( 8 anos mais novo que eu) com Fellini (Prova d'orchestra), facto que ele (hoje com 40 anos) me lembra e me diz ter influenciado o seu gosto e presente carreira no cinema.
Nunca me senti inseguro ou desprotegido no Quarteto e , muito menos, defraudado!
Obrigado P.B.F. , com o teu Quarteto viverás no coração de várias gerações.

Anónimo disse...

Que posso dizer!
Deixou-nos.
Alguém que sonhou , lutou e conseguiu , com que muitos de nós passasse-mos bonitos e emocionantes momentos.
Fez-se Obra/ Fica o Homem
A memória colectiva não se pode apagar.
Mt Obrigado PBFreire
Anarca @da madrugada

Anónimo disse...

como sempre ficam os imbecis e os habituais do largo dos ratos
"te ne freghi vecchio mio"
"merde alors"

Anónimo disse...

Morreu com a sua obra. Ainda vai havendo gente assim...

Nuno Castelo-Branco disse...

Quantas sessões duplas vimos às sextas, quantos filmes só possíveis de visionar naquele cinema. O único senão, eram as incómodas cadeiras, facto sem importância. PBF pergunta se tudo acaba. Talvez. Mas hoje beneficiamos do incomensurável prazer de mordiscar umas pipocas e beber uns galões de Sprite. Quem bom, que progresso.