30.9.06

A RECTA INTENÇÃO


Por falar em "esquerda" e em "direita", apenas duas observações rápidas. Ando a ler, com o vagar que o livro exige, as "crónicas" e as entrevistas de António José Saraiva reunidas num calhamaço da Quidnovi. Lá pelo meio, há uma série de textos que AJS escreveu para a revista Vida Mundial, nos idos de setenta, em pleno "fascismo-marcelismo", como diriam aqueles patuscos do "não apaguem a memória". AJS é insuspeito. Foi demitido da função pública pelo regime e esteve exilado em França. Quando regressou, depois do "4/25", não apreciou o que viu, sobretudo naquilo a que metaforicamente se chama "universidade". As crónicas da Vida Mundial são um exemplo de lucidez e de coragem cívicas que tomara muitos dos "cronistas" do actual regime possuírem. Ninguém as censurou, enquanto agora se encontram formas mais subtis de calar quem não come da gamela "democrática". Já em plena "democracia", por exemplo, no Diário de Notícias, em Maio de 1979, a propósito de "cultura e bibliotecas", AJS escrevia: "O antigo regime era acusado de fazer "obras de fachada"; pelo menos fez o actual edifício da Biblioteca Nacional. Mas nunca se viu, como hoje, tanta fachada sem obras". Querem melhor descrição do que esta para os "investimentos" do dr. Pinho e para as "grandes obras" do dr. Lino? Finalmente, o Sol anuncia que o presidente da Câmara de Santa Comba Dão quer fazer um museu da casa onde nasceu António de Oliveira Salazar. O museu recolheria objectos pessoais do antigo Presidente do Conselho, teria um auditório e serviria de centro de estudos do Estado Novo. Há cinco anos visitei o local e a campa rasa do antigo Chefe do Governo, no Vimieiro. A degradação, a destruição propositada e o abandono podiam ser comparados com o que o governo da democracia espanhola - trinta vezes mais madura e segura do que a nossa - fez com os locais de residência do Generalíssimo, como ainda agora se pôde constatar aquando da presença de Cavaco Silva em Madrid, no Palácio do Pardo, onde a ala onde residia Franco está conservada e interditada aos visitantes oficiais. O complexo com que encaramos o século XX português, marcado indelevelmente pela personalidade de Salazar, não serve os propósitos da história, nem ajuda a democracia portuguesa a fortalecer-se. Salazar não foi um mero fantasma que passou pelos ares de Portugal. É a sua sombra - pelo menos no seu lance autoritário e mesquinho - que se perpetua no actual regime, particularmente com este governo dito socialista. No resto, e como escreveu António José Saraiva em 1989, no Expresso, "Salazar foi, sem dúvida, um dos homens mais notáveis da história de Portugal e possuia uma qualidade que os homens notáveis nem sempre possuem - a recta intenção". Não merece um museu. Merece dez.

33 comentários:

Anónimo disse...

João Gonçalves:
muito gostas tu do passado!
O Salazar podia ter essa virtude, a da recta intenção, mas defeitos não eram poucos, como também dizes.
Por exemplo, era um reaccionário da pior espécie.
Por outro lado, o marcelismo ainda era fascismo, tanto mais que caíu.
Outro de recta intenção, mas neste caso, sem quase nenhuma coragem.
Vê lá se deixas essa moderação com essas duas personagens. O país está mal, aliás como quase sempre, mas não há razão para ser complacente com esses dois senhores.
O que é pena, é que Portugal pareça precisar de pessoas desse tipo. Mas disso sabes tu a potes.

Cumprimentos

Anónimo disse...

O comentador anterior parece ser bastante lúcido, ao contrário do autor do post.
Só por mera curiosidade ainda gostava de saber o que é que os governos socialistas têm a ver com a campa do Salazar... e com o seu maior ou menor abandono.

Este post não deixa de ser execrável e de torta intenção.
Cuide-se...

João Gonçalves disse...

o "cuide-se" é uma ameaça democrática?

Anónimo disse...

Não. É um conselho psiquiátrico.

Anónimo disse...

Um conselho psiquiátrico? Estaline não diria melhor...
Salazar assusta quem? Os que têm medo de vermos que o rei vai nu?

Anónimo disse...

Creio que os primeiros comentários ao post revelam que basta soletrar o nome maldito daquele-cujo-nome não-dizemos para alguns começarem a ver vermelho. Se lerem o post com mais calma e menos indignação em segunda mão, talvez percebam um post bem escrito e bem pensado...

Anónimo disse...

Que metam a recta intenção beirã no olho do c.!

Não é de psiquiatria propor 10 museus para Salazar? Ah, é mera liberdade literária a que se pode dar ao luxo, o autor do blog, qual James Joyce, ou será um frete que está a fazer para obter um lugar ao sol pela pena e pela verba da filósofa da TVI?

Quantos dos comentadores salazarentos viveram sob as ordens, direcção e fiscalização do Botas de Santa Comba Dão?
Népia!
Talvez tivessem participado naquela ópera bufa, chamada Mocidade Portuguesa ou ainda sejam aparentados com alguma Cilinha Supico Pinto ou Tenreira, quem sabe....daí estarem tão indignados e julgarem existir por aqui alguma Odete Santos ou algum Aníbal Cavaco Silva.

Anónimo disse...

Há blogues em que não se deveria fazer comentários. Pelo simples facto de que quanto mais se mexe na dita mais ela fede. De facto, opor ao actual estado das coisas a sarna salazarenta é questão de saudosismo doentio. E também é não só injusto como alarve e covarde tentar confundir a crítica de AJS com essa "piolho verde" de má memória. Não digo cuide-se, digo lave-se!

josé disse...

A cretinice de quem ao nome de Salazar, saliva pavlovianamente injúrias ao ditador, denota apenas uma coisa:
incapacidade de discutir democraticamente.
Tal como acusam o ditador de ter feito.
Era exactamente por isso que se costumava dizer que o comunismo era igual ao...fascismo. Mas é, se calhar, pior, porque o salazarismo não era o mesmo que fascismo.

Anónimo disse...

Vá arejar.
Vá ver o MUNDO.
Vá passear.


O nome do blog cai-lhe que nem uma luva, ó provinciano datado pelo Tempo.

Anónimo disse...

Mas discutir democraticamente o quê?
Que os poderes públicos votaram ao abandono a campa de Salazar?
O José não perde uma oprtunidade, para nos informar que o salazarismo não é igual ao fascismo, mas isso qualquer gajo aprendeu, mesmo sem ter lido a Lei Orgânica do M.P., olha que gaita!
Não branqueie, pois, um post execrável como este, ou acumula o pelouro dos cemitérios?

Anónimo disse...

Isto está animado.
Apreciar o Salazar, só porque não era corrupto e tinha sido um exemplo de rectidão !?
O Portugal de Salazar era o Portugal dos poucos grandes e o verdadeiro "Portugal dos Pequeninos".
É, aliás, em grande parte por causa dele, que somos o Portugal dos Pequeninos.
Pena é que não sejamos capazes de funcionar sem tipos como ele, o que constitui um verdadeiro atestado de menoridade.
Talvez sejamos todos pequeninos e precisemos de homens como ele, mas será que o João Gonçalves ficou-se por essa conclusão?
Ou será que pretende ser chique com esse tipo de observações?
Eu preferia ficar-me pela primeira hipótese.
Já há uns tempos a esta parte, eu penso que isto melhorava muito se se metessem uns 300 tipos na choldra, por corrupção.
E que a todos níveis do Estado, as contas pudessem ser acedidas pelos cidadãos.
E que as decisões fossem transparentes para os cidadãos.
Etc.


Outra coisa: era fascismo sim, mas um pouco à portuguesa. Com menos sangue e com menos violência. Mas fascismo.
Se fossemos por aí, então a Itália também não tinha sido fascista.
E Cuba também não é comunista.

Anónimo disse...

Bem mais interessante do que discutir este tema bafiento do salazarismo, talvez fosse mais interessante discutir se devem ou não juízes e delegados do Ministério Público ocuparem cargos na Administracção Pública.


De facto, pior do que salazarismo, só justicialismo...

Anónimo disse...

O autor também tem uma recta intenção ao postar frequentemente sobre Salazar: Perpetuar infinitamente a sua presença entre nós. Uma infinidade de pontos(posts), que se prologam até ao infinito definem "uma recta”.
Quando a esmagadora maioria o quer esquecer, abandonando a sua campa aos efeitos do tempo e da intempérie, lá vem o João Gonçalves dizer-nos:
- Olhem esta imagem! Vejam-se ao espelho! Não sois tão diferentes assim! Não sois melhores! O vosso comportamento é bem pior até!
Os leitores reajem irritados, com esta “omnipresença”. Ainda bem! Estão vivos. O outro está morto. Há muito.
... e talvez não seja tão mau assim olharmo-nos ao espelho de quando em vez...será esta a moral da "história"?
(Hoje não me apetece agredir ninguém)

Anónimo disse...

Sr Miguel Duarte:

a sua recta intenção ao afirmar que "Se lerem o post com mais calma e menos indignação em segunda mão, talvez percebam um post bem escrito e bem pensado...", faz de si um iluminado entre os imortais.

Como mortal que sou, dispenso, pois, esse seu revisionismo bacoco, paredes-meias com o Compromisso Portugal ou se preferir com os doutos assessores de Belém.

Dispensando essa sua sabedoria ou essa sua "recta" intenção, aconselho-o, antes, a fazer renda de bilros, de preferência na cadeia de Peniche, com catering espanhol...e com vistas para a praia da Consolação.

João Gonçalves disse...

Meus caros, alguns dos comentários só confirmam o escrito: a impossiblidade de lidar racionalmente com um determinado período da nossa história. Por isso recomendo a leitura de AJS que nunca foi conhecido por ter bajulado o regime de Salazar. Depois, e embora não tenha de esclarecer coisa alguma, sempre adianto o seguinte:
- Salazar tinha virtudes e defeitos, mas percebia como ninguém a raça que escolheu pastorear;
- dos seus defeitos, destaquei o autoritarismo e a mesquinhez que continuamos a encontrar na sociedade e na política portuguesas, e de que alguns destes comentários pseudo anti-fascistas são um bom exemplo;
- Salazar e o Estado Novo podem e devem ter um museu para que "se perceba"; tentar perceber qualquer coisa é o objecto mais nobre da História;
- ter um museu ou dez, é, como qualquer analfabeto simples entenderá à primeira, uma ironia. Se não gostam, paciência. Não peço desculpas.

Anónimo disse...

sr.ª dr.ª nanda:

Eu não sabia era que o dr. gonçalaves, fazia neste blogue uma coreografia grega.
Com a sua explicação, estou a ficar mais bem "impressionado" e agora consigo vislumbrar que entre o dr. gonçalves e simom goldhill, existe apenas a falta de um átomo, mas que faz toda a diferença entre um e o outro...

Agradecido pela sua visão com cheiro a axe.

Anónimo disse...

Aquele comentário do José é mesmo à Pacheco Pereira, para quem já não há paciência.
É sempre a mesma austeridade, sempre o mesmo tremendismo, sempre o descobrir do Mal que espreita.
Ao princípio era interessante, mas o Pacheco Pereira está a perder todo o interesse.
Já não há pachorra.
Como se o direito à indignação com um hipotético branqueamento do Salazar, fosse um atestado de comunismo e de falta de democraticidade.
Francamente, José!

josé disse...

Conheço uns tipos que andaram a viajar à custa de todos nós e fizeram-no mais do que ninguém. Foram presidentes da nossa República.
Será que ficaram mais sábios, com essas viagens; ou pelo contrário, embacocaram mais ainda do que já eram?
VOu por esta última, como se mostra amplamente.

Quanto ao fascismo versus salazarismo, é sempre o mesmo problema:
os "anti-fascistas" iriam viver de quê, se lhes faltasse essa referência epistemológica?
De ar e vento ideológico?
Não se espere de quem acreditou muitos dias, meses e anos, que o mundo se dividia entre fascistas e antifascistas que se dêem conta do logro assim do pé para a mão...
Para esses dicotómicos de raiz, o fascismo é o reverso do antifascismo e a semântica um campo de batalha permanente, para reporem os seus conceitos como norma geral para todos respeitarem.
A realidade que se lixe!

Quanto ao salazarismo e à mentalidade portuguesa dominante, dos anos 40, 50 e 60, também se resolve a questão com uma penada, ou duas:
um livro do Soeiro Pereira Gomes e outro do Manuel Tiago e tá a andar!
Pobres de espírito.

Quanto

Anónimo disse...

"um livro do Soeiro Pereira Gomes e outro do Manuel Tiago e tá a andar!"

E já gora uma douta acusação do MP, porque é tudo realismo socialista!


"Pobres de espírito".

Anónimo disse...

Caro Lux,

Prefiro o seu heterónimo:

"De olhos fechados, só vemos escuridão,

Mas a Luz está presente sempre que a procuramos

E vemos sempre melhor quando olhamos com o coração

posted by Lux at 18:24 2 comments"


Cheira a axe? Paciência! ... Ah! e não sou Dra., o que não impede que aprecie a cultura grega, sobretudo os autores de teatro. Nesse aspecto acertou na "mouche".

Boa noite!

josé disse...

Acusações do MP há muitas. COnfesso que aquela que o incomoda, me dá um certo gozo pelo rigor e isenção...
É o que se chama em bom ditado importado "a pain in the ass".

Anónimo disse...

Salazar foi primeiro ministro durante quarenta anos e morresu pobre.
SEM VALOR
Salazar combateu o comunismo durante 40 anos e ele implodiu irremediávelmente.
SEM VALOR
Salazar ajudou a construir os Estados Angolanos e Moçambicanos, os mais prósperos de África até 1974, e agora os novos Países são campeões do Liberalismo económico, e fogem da esquerda como o diabo da cruz.
SEM VALOR
Salazar com um bom contrato com a África do Sul e os Mineiros Moçambicanos, acumulou ouro no Banco de Portugal para os súcias agora venderem.
SEM VALOR
Salazar montou um paradigma administrativo indispensável para administrar o Império, e os Súcias agarram-se a ele como se fosse a Bíblia,quando o rectângulo para ser Estado-Nação só precisa de cumprir as Leis da República.
SEM VALOR
Salazar mantinha em funcionamento o Cais do Sodré o Intendente e o Bairro Alto, agora uma coisa que nem se pode olhar para lá.
SEM VALOR
Mas afinal, porque é que os democratas se preocupam tanto com as evocações a Salazar?
Sua excelência, nao vai ressuscitar - e os portugueses - por artes mágicas, passaram a ser todos
"verdadeiros democratas"
Evoquemos pois Salazar em termos históricos, ou a Juventude ira averiguar por si própria o Portugal que os pais receberam e o Portugal que agora lhes deixam.

Anónimo disse...

Vou dar e baralhar. Os Espanhois tiveram um Franco e não o repudiam. Dão dele testemunho, como se sabe. Cada um, espanhol ou não, que o veja como quer. É a História a ser descrita, revista, não escrita, entenda-se. No nosso caso , uma casa Museu do Salazar, porque não? É, quer queiramos, quer não, um pedaço da nossa história, mais pequenina que a dos espanhois, é certo, mas é um testemunho, longo, quarenta anos. Quem se insurge neste poste contra o museu tem, aventuro-me a vaticinar, como eu, cabelos brancos, mas e os nossos jovens? Eles devem conhecer e ver o que aquele homem fez ou deixou de fazer. Pois deixemo-nos de pensar na "longa noite" e pensemos que um museu mostra testemunhos daquilo que, muitos de nós, sabemos, não queremos mais. Mas como é que os mais novos saberão? Deixem construir o dito Museu, para que NUNCA MAIS, essa longa noite aconteça. E já agora que a Direcção dos Museus também tome parte nessa criação, porque os nossos autarcas, sózinhos, nessa matéria, poderia ser uma grande tragédia....Depois disto como não há dinheiro para o mais essencial, isto torna-se apenas mais uma ..... paródia para estarmos aqui a aborrecermo-nos ou a gozar uns com os outros. E já agora, "Quem tem medo de Virginia Woolf"? Leiam o Murcan. Não sei fazer o link, mas cá no fundo é disso que se trata. Bom dia e boa auto estima para todos. E até lá.

Anónimo disse...

Desculpem, mas é o Murcon.blogspot.com e não Murcan. Caramba, o homem é do Porto, alfacinhei o blog, nem parece meu....Até lá.

Anónimo disse...

Exmo. lincéstidas,
Eu de imortal não tenho nada e Compromisso Portugal também não é a minha chávena de chá. Nem entendo o que é que isso tem a ver com o meu comentário.
O meu ponto é apenas que algumas pessoas têm muita dificuldade em discutir Salazar tranquilamente.
As conclusões que V. Exa. retira das minhas simpatias políticas ou características de personalidade parecem-me infundadas.
Cumprimentos

Anónimo disse...

Eu acho que o melhor é pôr uma figura de cera no Madame Tussot.

E Hitler também devia ter um memorial.

Anónimo disse...

Douta acusação do M.P. Quem é que contou esta anedota? Não há uma única douta acusação do M.P. Apenas há sensacionalismo nos jornais e acusações na praça pública do género não te castigamos na justiça castigamos - te lá fora. Querem apostar no que vai acontecer no "apito dourado"?

Anónimo disse...

Depois de ler isto tudo, tenho que reconhecer que o Dr Salazar tinha razão quando dizia: "... o povo ainda não está preparado para a democracia...": O homem sabia com quem lidava.

Tenho uma duvida que é a seguinte: se estas excelencias, excelsiamente pagas pela democracias, tivessem nas mão os destinos de um pais na banca rota, que fariam? Procurarim um trabalhinho na UE ou numa organização de apoio a refugiados?

...mas olhem que o homem era mesmo estupido, levar longas "noites escuras" a encher os cofres de ouro (somos o 8º pais com mais ouro na EU)para agora o Dr Constâncio vender as tonelads não se sabe por ordem de quem. Será que esse ouro não sabe a "botas" a "bafio"? Não devia ser enterrado, tal como a memória da figura do homem que o aforrou? Era uma ideia, não é o que estão a fazer à escolas primárias do interior? Encerram-se as que ele construi ( e são muitas) e alguns podres pavilhoes pré-fabricados feitos pela democracia.
Qunado não se pensa uma nação, até as obras sabem a artigo das lojas de "300", veja-se o casdo do IP5 e a auto estrada do estado nacional.

E para não me alongar mais, "pergunte-se" a João de Freitas Branco, quem foi Salazar.

Sauridio

Anónimo disse...

E pronto, cá temos mais uma de culto de personalidade. António José Saraiva escreveu livros fantásticos, deixou uma obra incontornável, sem dúvida. Pelo meio disse tb. muitas asneiras, dislates intempestivos e exibicionistas que casavam com o feitio dele. Vai daí, o bom do João reproduz com a mesma beatice babada as palermices todas que o outro disse, sem crivo e sem critério. Enfim, pelo menos são iguais nesta puerilidade de querer "épater" a todo o custo - porque, de igualdade de talento estamos conversados......

josé disse...

A propósito de ideologias, hoje no Público, pode ler-se um artigo de Sérgio Vilarigues a defender a actualidade do comunismo.Com os argumentos da praxe e que os povos dos países de leste, experimentaram, tendo aderido de livre vontade.
É uma ideologia dinâmica, diz ele, citando os mestres...

O marxismo-leninismo, versão dinâmica e o antifascismo como adereço, continuam vivos e de boa saúde, na mente dos seus mentecaptos!

Anónimo disse...

A maioria dos portugueses tende sempre a amesquinhar os Homens que lhe fazem frente...mesmo depois de mortos, a sombra persegue-os, incomoda-os e não sabem como livrar-se dela!!!!!.....

Anónimo disse...

CC > Este País é uma autentica anedota! Salazar podia ter mau feitio, ser "mao de vaca", ditador... mas nunca se ouviu dizer que tivesse ficado milionário á custa do Povo e do Governo! (nao é o caso do nosso Governo) e, afinal, a fome continua, a miséria continua e os "grandes" continuam ditadores, mas camuflados!
Marquês de Pombal também fez muito mal aos Jesuítas e ergueram uma estátua em sua honra! Era um "Hitler"... Qual o problema de fazer um Museu com os nossos antepassados... bem ou mal, faz parte da nossa história... Nasci em 1974 dois dias antes da revolução, por isso nao conheci essa época complicada, mas vivi ao lado da casa de Salazar, conheci o seu sobrinho (excelente pessoa e generoso). Nunca tive pachorra para ler sobre o que realmente aconteceu naquela época, aliás, há poucos relatos sobre o assunto! UM Museu, iria clarificar um pouco essa parte da história a todas as pessoas interessadas! Sinceramente, já ouvi falar bem e mal sobre Salazar, mas gostaria saber mais para formular uma opinião mais justa! Caros senhores e senhoras, dizem que vivemos num país em que impera a liberdade de expressão, mas se continuam a se ofender sem fim, em vez de fazerem criticas construtivas sobre aquilo que sabem verdadeiramente sobre o tema... seria mais democrático! (qualquer dia andam todos á chapada, o que vale é que aqui não há moradas! :)Tenham uma boa noite!