"Sobre a polémica provocada pelo recente discurso do Papa considerado por muitos muçulmanos insultuoso para o profeta Maomé e para o islão, o escritor considerou que se alguém escreveu esse discurso e Bento XVI não o leu antes foi "imprudente", e se o leu e não retirou a passagem referente a Maomé foi "ainda pior". Vem no Público, sem link. O "escritor" que "considerou" é José Saramago, o nosso infeliz Nobel da Literatura. É por estas e por outras que o Nobel cada vez mais só vale pelo dinheiro dado aos escribas a quem é entregue. Saramago, cuja "prudência" enquanto director do Diário de Notícias durante o PREC ficou famosa, vem agora armar-se em moralista - sim, ele não passa de um vulgar e ressequido moralista - contra o Papa, sugerindo, supõe-se que para ter graça, que Ratzinger não escreve nem pensa. Deve ser influência da ex-jornalista espanhola com quem vive a qual, aliás, já fala por ele há muito tempo. Saramago ainda não percebeu, embora tenha idade para isso, que é uma caricatura pública de si próprio enquanto escritor. Se eu fosse dado a penas, estaria cheio de comiseração por este velho comunista empedernido, confinado à volúpia da sua celebridade volátil. É que a Igreja a que preside Ratzinger estará ainda de pé no dia em que Saramago for apenas uma nota de fim de página num qualquer esquecível "manual de literatura" para crianças.
11 comentários:
CARO JG
Deste eu gostei mesmo!
Tem um piadão fazer a apologia do imobilismo ideológico do vaticano e vir depois criticar os membros mais "empedernidos" da outra "confissão"! Terão afinal eles estratégias de sobrevivência assim tão diferentes?
Já agora porque não explicar as cruzadas, a estratégia iraniana ou a actuação de Bush usando o conceito de Fé? Afinal ele foi inventado para dar explicações simples das coisas e para manter os simples na ignorância dos factos.
Mais para a frente veremos os nossos amargurados bloguistas a procurar de novo o conforto da santa madre igreja. Esperai para ver.
Ratzinger fez muito bem em dizer o que disse; fez muito bem em mostrar que é um homem Livre! Os extremistas e fundamentalistas, venham eles de onde vierem, não têm que impôr nada a ninguém e o Ocidente não tem que mostrar medo. De quê, afinal??
Caro Joninhas Gonçalvista:
P*** Q** O P**** a si
e com todas as letras.
Saiba que perde qualquer argumentação possível quando deixa que o escárnio lhe interpele a escrita.
Vá passear o Bruno, ou o cão, ou lá o que é.
João, não ligue a anónimos que tentam ofender quem abertamente fala do que sente ou pensa (sem medos, sem rasteiras, sem anonimato), como esse último o fez! Concordando ou não com as suas opiniões (e ainda bem que existem divergências - são saudáveis!), ninguém tem o direito de discordar e insultar quem o faz "mostrando a cara"!
Parasitas destes está Portugal cheio e parece que não lhes basta os putrefactos e abundantes charcos da estrumeira onde vegetam, ainda necessitam de ir impregnar os límpidos lagos de quem tenta VIVER!
Desculpe, e não estou a defender ninguém, mas não consigo ficar indiferente com a atitude destes vermes!
Ao anónimo das 10h13,
Se ainda ninguém lhe explicou o que foram as cruzadas o defeito é seu. Leia e aprenda. Aprenda por exemplo que sem elas os nossos reis portugueses nunca poderiam ter feito as conquistas a Sul do Mondego que fizeram, inclusive Lisboa.
"Afinal ele (o conceito da Fé)foi inventado para dar explicações simples das coisas e para manter os simples na ignorância dos factos."
Aqui na ignorância dos factos só o vejo a sim que confunde Bush com o Vaticano, e Saramago que confunde a riqueza imensa dos países árabes com a pobreza justificativa de terrorismo?
Mas Saramago, por não ter fé, é para si superior intelectualmente a Tomás de Aquino e a Agostinho!!!!?
Caro comentarista das 5:11
Creio que não percebeu o alcance das minhas palavras.
Mas não me parece pessoa que mereça a paciência de lhas explicar.
Senhor João, recomendo-lhe água das pedras Carvalheiros. Faz maravilhas.
Tiago Ribeiro.
Peço desculpa, mas - Para crianças???
Só se fosse a corporizar o "Ratagão".
Excelente.
O meninos não sabem que agora o nubel é obrigatório e livro único nas secundárias? Há muitos, demasiados, maus escritores, mas o que confrange nessa abécula é de facto a cegueira. O homenzinho não se enxerga! Que os mijões do nubel, por via de regra, vão para o caixote é coisa muito fácil de provar. Alguém conhece estes? Kertész, Szymborska, Kenzaburo Oe, Toni Morrison, Claude Simon (conheço e não ganho nada com isso), Canetti, Elytis, Singer, White, Asturias, Nelly Sachs, Sartre (conheço e tb não...), Andric, Quasimodo (chiça!), Laxness, Lagerkvist, Bertrand Russell (não é de outras guerras'), Jensen, Sillanpää (ah?!), Bunin,Galsworthy, Karlfeldt, Undset, Deledda, Reymont, Hamsun, Spitteler, Pontoppidan (que mariola!),Heidenstam, Maeterlinck (?!), Heyse, Lagerlöf, Bjørnson, Mommsen (este foi por causa dos queruscos), Prudhomme (está bem, os do glorioso conhecem). PORTANTO, o nosso nubel é um destes morcões.
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