20.12.05

DEBATE - 10

Não chegou. Não chegou, apesar do "estilo" caneleiro, de efeito garantido junto do "povo", não chegou, dizia, para os objectivos do candidato. Aliás, as declarações imediatamente proferidas após o debate não o desmentem. Por vontade dele, haveria mais cem debates e, pelo menos, seis "voltas" eleitorais. O rosto de Soares, onde se lê sempre o que lhe vai na alma, não revelava satisfação. Foi, para usar o seu delicado termo, "curto". Cavaco "corria" e "corre" numa "pista" completamente diversa. "Corre" - tem que se dizer desde já e com toda a clareza - para vencer maioritariamente o acto de 22 de Janeiro. Não me parece que, feitas as contas aos dez debates - e, particularmente, a este - que isso seja, de todo, impossível. Cavaco "passou" razoavelmente a prova dos debates que era, de longe, a mais difícil e Soares, intuitivo, percebeu isso. Resta a Soares o "terreno" onde nunca se sai mal e onde, provavelmente, resistirá bem. Tal como não chegou o debate, muito provavelmente também o "terreno" não chegará. A "hora" não é manifestamente a de Soares. Já foi. Já não é mais.

1 comentário:

Anónimo disse...

"Cavaco "passou" razoavelmente a ..."
Santo Deus...!
Tem pena de mim!
Cavaco nem precisou de pressionar.
O Mário entrou em descontrolo total.