O sr. Annan, com aquele realismo estratosférico que caracteriza a ONU, estima que em "semanas ou meses" possa estar constituída a célebre "força de interposição" que deverá marchar para o Líbano de capacete azul na cabeça. Isto é, o sr. Annan limita-se a reconhecer que, até ver, apenas existe a "força" da resolução adoptada e pouco mais. Nas referidas "semanas ou meses" é bem possível que a nervoseira tome conta dos discípulos do hirsuto Nazrallah - que já explicou, com a mansidão feroz que o caracteriza, que não está exactamente disponível para ser "desarmado" - e do pobre sr. Ormet que, quer ele queira quer não, sofreu com isto tudo uma pesadíssima derrota política, permitindo que a tropa tomasse conta dele. Nada disto é motivo de regozijo. Infelizmente os EUA transformaram Israel na "linha da frente" da defesa do ocidente tal como o conhecemos. E praticamente deixaram-no entregue a si próprio e ao seu privado e inútil desmando. Todavia isso não me impede de reconhecer o óbvio. No dia em que Israel soçobrasse - e não vale a pena estar com paninhos quentes porque Israel perdeu militarmente este combate contra uma guerrilha imprevisível -, nós íamos todos a seguir.
2 comentários:
Não acho correcto falar em derrota militar dada a diferença de estratégias, nomeadamente ao nível do desprezo pelas vidas humanas.
O melhor mesmo foi não ser precisa a intervenção dos verdadeiros financiadores da guerra ... esses sim perigosos ... à escala mundial!
«Os verdadeiros financiadores das guerras»:
Não entraram directamente nesta, dada a sua reduzida escala.
Depois das duas campanhas do Iraque, há-de ser preciso descortinar, talvez dez anos depois, uma qq outra, onde se possa dar vazão aos stoks militares.
O «complexo industrial militar» precisa.
Nem que se inventem novas ADM ou dois ou três prisioneiros, quem sabe uma outra Helena de Troia.
Enquanto não incomodarem a China.
Z
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