14.8.06

FOGO

Há três anos, por esta altura, o ministro era o dr. Figueiredo Lopes, do dr. Barroso. No ano seguinte, Santana Lopes escolheu Daniel Sanches. Nos últimos dois anos, tem sido o dr. António Costa, coadjuvado por um batalhão de secretários de Estado - um dos quais ex-comentador televisivo - e um subsecretário de Estado. Estas três estimáveis criaturas têm em comum os incêndios e a mesma incapacidade de lidar com eles. Figueiredo Lopes "fundiu" o Serviço Nacional de Bombeiros e a Protecção Civil criando uma trapalhada em que se afundaram sucessivos presidentes do novo instituto público. Daniel Sanches "apanhou" as coisas como elas se encontravam e, naturalmente, com a costumada época de fogos indomáveis. António Costa, finalmente, mudou os homens, manteve as "estruturas", arranjou um avião e deu garantias - ainda este ano - que tudo seria diferente. Não foi. Não está a ser. Não só não foi, como procurou que os media fossem "moderados" na exposição da catástrofe o que só serviu para os "animar". Não sei se não será preciso "apoio psicológico" - uma modalidade muito em voga por tudo e por nada - para as pessoas que ocupam o cargo de ministro da Administração Interna. É que juntar na mesma barca o referido instituto público, os seus múltiplos coronéis e comandantes, os e as (são muitas raparigas socialistas...) governadores civis, os javardos que estragam as matas e as florestas, a retórica vã do próprio ministro e, last but not the least, o dr. Ascenso Simões, é fogo.

1 comentário:

Anónimo disse...

Diz Vexa:
Não sei se não será preciso "apoio psicológico"

Claro que é! Para os parvos dos governantes que temos.