Os senhores ministros António Costa e Santos Silva - que devem ter pouco que fazer, sobretudo o primeiro - querem dar uma "mãozinha" à petição folclórica "não apaguem a memória". Ocorreu-lhes que o actual MAI, local "sinistro" onde funcionou o ministério do Interior do "fascismo", seria indicado para pôr lá qualquer coisinha justamente dedicada à "memória" que se pretende preservar. Esta gente não esquece nada e não aprende nada. Os trinta e alguns anos de democracia já deviam ter servido para colocar o "estudo" da ditadura, bem como a sua lembrança, num patamar diferente e superior àquele em que os peticionantes o enfiaram, o da lamúria inconsequente e ignorante. Pouco tempo depois do "25 de Abril", o insuspeito Eduardo Lourenço publicou um livrinho intitulado "O Fascismo nunca existiu" que lhe valeu as habituais vergastadas dos nossos "guardas da revolução". É claro que havia muito de ironia no título e no livro, mas, numa altura em que, do PC para a "direita", era praticamente tudo "fascista", a coisa teve a sua graça. Salvo honrosas e respeitáveis figuras, este "anti-fascismo" serôdio é tão paroquial e surrealista como a "realidade" do dr. Salazar. O resto é sempre mais do mesmo.
4 comentários:
Dixendo-lhe desde já que o PREC foi um dos momentos mais vergonhosos deste país, que infelizmente conta com muitos, o FASCISMO EXISTIU E ESPERO BEM QUE NÂO SE REPITA.
Talvez você não saiba, mas como haveria de saber, mas no interior profundo do nosso país, que era nos tempos idos da outra senhora, ainda mais profundo, considerava-se um acto normal o arranque das unhas da mão direita a um prevaricador contra o regime; a quarta classe e a simplicidade de um povo foi durante muitos anos o orgulho de um povo.
Os portugueses não são burros. Imagine você, se educados e esclarecidos, não poderiam ter realizado por décadas a fio descobertas maravilhosas, de que a nossa economia ainda poderia estar a tirar proveito.
Claro que depois a esquerda foi uma vergonha, entregando cargos a qualquer palhaço que falasse mais alto ou tivesse a testa pintada de vermelho, mas isso foi apenas a reacção ao tempo em que nas universidades eram todos primos.
Você envergonha a direita portuguesa.
"O resto é sempre mais do mesmo". Devolvo-lhe a frase, porque vc quando se trata de algum assunto ligado aos nossos actuais governantes é "sempre mais do mesmo". Longe de mim incensá-los, mas a memória faz muita falta a qualquer povo, coisa pouco abundante por estes lados.
Pronto que o governa atribua mais umas pensões e o maralhal cala-se...
É o que alguém já disse aqui: ele está a trabalhar para ter muitos comentários, não se importando de dizer autênticas aleivosidades.
Será que alguns destes posts são encomendados ?
Se sim, por quem será?
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