31.8.06

PASTORÍCIA INTERNACIONAL


Com a gravidade própria do grande país que Portugal é, o poder anunciou ontem que vão 140 soldados pastar a vaca para o Líbano. A fragata, afinal, já não vai. Em Timor, entretanto, os GNR's patrulham as ruas em vão e a nossa gloriosa "herança" desfaz-se todos os dias mais um bocadinho nas mãos daqueles irresponsáveis trauliteiros. Como dizia uma amiga minha, em marreco é o melhor que se pode arranjar.

2 comentários:

António JP Soares disse...

Timor ?! Quando é que as pessoas (especialmente de esquerda) se convencem que para construir um país é preciso algo mais do que uma bandeira, um hino, um presidente e... papel timbrado com selo branco. Aqui sempre ocorre a frase do outro - " é a economia, estúpido!".
Gosto daquela gente, mas confesso que em 1999 não andei feito palhaço, vestido de branco e a acender velas como muitos de nós e duvido muito da viabilidade de Timor como nação...
António Soares

Anónimo disse...

Caro António Soares,
você tem toda a razão.
Também eu duvido da possibilidade de Timor Leste poder ser uma Nação.

Já agora um dado interessante que tirei do Timothy Garton Ash ("Free World. A América, a Europa e o futuro do Ocidente", que li estas férias. O livro pareceu-me, no entanto, menos interessante do que eu suponha inicialmente): há coisa de 100 anos, a relação de rendimento entre os países mais ricos e os mais pobres era de 3 para 1; nos nossos tempos, é de 72 para 1.
Acho que isto diz alguma coisa quanto ao futuro dessas nações.
Aliás, pelo andar da carruagem, qual é futuro cá do sítio?
Uns preocupados com as novelas e o futebol (os governados); os outros preocupados em governar-se (os que mandam). E muito pouca gente a preocupar-se verdadeiramente com o futuro.

Cumprimentos,
Mário Macedo