26.8.06

A ESCOLHA -2

Não sou jornalista, mas tenho, feliz ou infelizmente, uma "memória de elefante". No seu inevitável declínio, o Expresso, pela mão de Ângela Silva, que supunha melhor informada, escreve que a escolha de Souto Moura, em 2ooo, quando era ministro da Justiça o dr. António Costa, passou pela "negociação" com o líder do PSD, Marcelo Rebelo de Sousa. Ângela, que é da "política", devia saber que o líder do PSD, nessa altura, e desde Maio de 1999, era o dr. Barroso. Mas adiante. O dr. Costa, sabe Deus com que esforço, tem mais umas semanas para "engolir" a sua escolha de então. Desta vez, e depois do tenebroso episódio que lhe custou um líder, o PS vai querer gerir o assunto PGR com muito cuidado. Só espero que os diversos intervenientes nesta nova escolha não sejam tão timoratos ao ponto de repetirem a asneira. Deve fugir-se dos homens "consensuais" como o Diabo da cruz. É por isso que eu defendo a subordinação do Ministério Público ao ministro da Justiça. Sempre as coisas ficam, à partida, mais transparentes.

3 comentários:

Anónimo disse...

Esse seu gosto abstracto pelas pelas "rupturas" é sobejamente conhecido.
O pior, são os "serviços" que presta no real.
De certa forma, neste "caso ângela silva", V até parece Manuel Maria Carrilho.
Adiante.
Com Cavaco (mancomunado com os Drs. Costas e os do partido de JG) aos figos,ainda por cima maduros, qualquer "lifting" à República é impossível. Todos sabem (os Pedros Lomba e Mexia, Ivã Nunes, etc, sabem) que os "liftings" se fazem com leite de figo verde, i. e., não amadurecido.
Ao invés de Suzanas Toscano e outras ninfas e rapazes que todos nós conhecemos, nunca acreditei nesse Pitanguy de Bolikei-me.
V até tem piada. O que o estraga, é essa sua promiscuidade entre a "moral política" e esse seu "coté" quadrilheiro e opinativo...

joshua disse...

Caramba, há opiniões que queimam!

Quanto à transparência, isso é à partida e à chegada uma quimera.

Anónimo disse...

Um PGR subordinado ao M.Justiça, seria com certeza transparente...Transparentemente controlado pelo governo. Onde ficaria a separação de poderes entre os 2 orgãos de soberania? Olhe uma coisa é certa, apesar dos muitos erros, ninguém pode acusar Souto Moura de falta de coragem (caminho até então virgem na PGR). Prova do incómodo causado ao aparelho partidário foi a tentativa imediata, de demitir o PGR pós legislativas; o facto da politica criminal passar a ser definida pelo M.J. (fiquei feliz por ver que o combate á corrupção deixou de ser pioridade) e agora a obstinação em escolher um candidato á PGR há medida do PS...um que só levante ondas á oposição, se tanto...