A gloriosa Fundação Gulbenkian fez cinquenta anos. Jamais se saberá o que deu na cabeça do arménio para vir aterrar aqui. Ainda bem que o fez. Salazar, a obscura figura que nos pastoreou durante anos a fio, percebeu rapidamente o interesse da coisa e deu "luz verde" ao "aportuguesamento" da instituição. Até eu aproveitei, frequentando umas aulas de música, em criança, num edifício que já não existe, em frente à instituição. A minha primeira ópera, uma estopada de Monteverdi, ouvi-a no Grande Auditório, com o meu pai, teria eu para aí uns onze anos. Lembro-me que assistia a veneranda figura do Chefe do Estado, o mesmo que tinha inaugurado as instalações actuais da Avenida de Berna. Hoje, pelo que pude ver à distância, o actual regime esteve em peso nos jardins da Gulbenkian. Até o eterno coronel Vasco Lourenço, não percebo bem porquê. Será que o 25 de Abril "também" tem a ver com a Fundação e vice-versa? Enfim, muitos anos e bons a uma boa coisa que, como o país em que assentou as fundações, tem dias.
«Somos poucos mas vale a pena construir cidades e morrer de pé.» Ruy Cinatti joaogoncalv@gmail.com
18.7.06
A FUNDAÇÃO
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4 comentários:
Com uma grande amargura pelo saudoso ballet...
Olhe que entre V. e Vasco Gonçalves a diferença é mínima.
consta que foram as moças portuguesas que levaram o arménio a ficar por cá. gostos...
Uma estopada de Monteverdi????!!!!
Shame on you!
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