1. Não, este blogue não acabou. Está apenas de férias. Há dias, o PR passou pela região e recomendou moderação aos autarcas na construção civil. Ele que experimente fazer um "roteiro" só para o "imobiliário". Nem precisa de andar muito. Basta-lhe circular pelas redondezas do seu local de nascimento. E as rotundas, meu Deus. As rotundas. E o fraquejar da frequência. Um país que precisa seriamente de meditar no "sucesso" prometido. As "férias" dos autócnes são um bom momento para instalar um barómetro no rabo de cada português. Normalmente vem a família toda, da avó aos bisnetos, as carrinhas e as geladeiras. Restaurantes, nem vê-los. Quando tirarem o barómetro, lá mais para Setembro, haja alguém que tire conclusões.
2. Leio nos jornais que os resultados das provas dos 9º e 12º anos são desastrosos. Português e matemática, como de costume, com patamares risíveis. Deixar entrar nas universidades esta gente - onde parece que até há mais vagas - é ajudar a afundar tudo isto mais um bocadinho. Ontem, no Diário de Notícias, um "estudante" de 16 anos resumia bem a coisa: não estudou, teve 1 numa cadeia e pouco mais noutra, mas como lhe "dava para passar", para quê preocupar-se? Quanto a física e química, a ideia do governo de escancarar as portas das universidades aos meninos e meninas do 12º com negativas - e, depois, logo se vê -, também resume o essencial. O secretário de Estado, um rapaz que até já foi do CDS e que possui um facies inconguente com o cargo que desempenha, acha que os resultados, "em geral", até são melhorzinhos dos que os do ano passado. Ninguém lhe arranja um explicador ou ele contenta-se com a mediocridade do "sistema"?
3. Sócrates esteve bem na televisão - é, aliás, onde ele está melhor - explicando que anda a "aprender" com Cavaco, como já antes tinha aprendido com Guterres, Sampaio e Soares. Olha-se para ele e percebe-se que, melhor, é impossível. Ele é, sem dúvida, o melhor de muita coisa que não presta. Tem um louvável espírito de missão pública e um "passo" que não é acompanhável por muitos dos que o rodeiam. Infelizmente para ele, o mundo continua a rodar e a Europa também, nem sempre no melhor dos sentidos. O "futuro" que a contabilidade e a mercearia tentam garantir, está em muitas daquelas criaturas-desperdício que aspiram ao "canudo". Vale a pena?
4. Por falar nelas, um episódio de praia. Os algarvios, pelos vistos, são muito ciosos da sua infalível masculinidade. Três rapazolas passaram ontem o dia "à cata" de congéneres do sexo oposto, de preferência com sotaque distinto. Lá apareceram duas, uma gordalhufa e uma candidata a "bo derek" quando crescer. Dois dos rapazes ficaram "a ver navios" e a mergulhar. O outro, mais franzino e de aparelho nos dentes, foi dar uma volta com a teenager vaporosa e voltou agarrado a ela. Foram ao banho, onde o rapaz exibiu a sua destreza marítima e beijoqueira. Os amigos riam-se, sobretudo da pequena crise da erecção indisfarçável por debaixo do calção de banho. E, de súbito, tudo a mãe da jovem vamp levou, tirando-a dali. Os calções acalmaram-se e hoje, o pobre lá anda de um lado para o outro, com o seu "ipod", à espera da sua Godot de ocasião. Quando tinha a idade deles, também dei para aquela vasto peditório do "boy meets girl" e "girl meets boy", amores de praia com fim marcado para Agosto. Entretanto, dei-me conta de que havia outros Godots por quem esperar, normalmente em vão. Muitos vieram, ficaram um bocado e, depois, como lhes competia, partiram. Raramente sobrou um nome. Há, claro, o mar - sempre o mar -, um céu limpo para admirar e a cabeça dentro de água. O pior mesmo é quando a tiro de lá. Até amanhã.
13 comentários:
Bom, afinal “ainda mexe” ...
Férias ... e, «o mar - sempre o mar -, um céu limpo para admirar e a cabeça dentro de água»
“Magnífico” ... quem me dera
No meio de “alguma barafunda” onde permaneço neste momento, só o seu Post me faria “rir”.
É um “retrato impecável” ... e, o tal “humor” com “classe”
BOAS FÉRIAS ...
«A CABEÇA DENTRO DE ÁGUA»
Huummm ... que "silêncio" ...
não á nada como dar banho a minhoca;)
"á"?
Ah!!!!!!!!!!!!!!!
Isto não há nada como umas férias tranquilas.
Entretanto... nada de novo no Médio Oriente.
Que tédio...
Espero que ainda te lembres do meu nome, ó mariola!
mesmo com forceps ou na versão epidural de castro caldas e por mais que quisesses, não consegues libertar-se do útero desta mátria tão foleira assim.
ainda por cima algarve em julho, de braço dado com aqueles seres do além, de que são constituídos os tribunais do tempo de octávio césar augusto!
por que não perth, melbourne ou new zeland?
já não davas banho ao cão.
desiludiste-me, afinal és um português tout court.
1. Rotundas. Eis, pois, algo mais da portugalidade no seu esplendor! Que sendo esta o que é dos portugueses, e sendo estes pequeninos, não sãs aquelas outra coisa senão perfeitas parvoíces! E o canudo certifica o grau de "cagança"? Ou porque andam a "cagar fininho"?
2. Será por essa razão que 70% dos cheques -notícia desta contemporânea-, não são pagos? Quem sabe se não será por não terem tido aproveitamento em matemática e português que os seus sacadores não sabem fazer contas ao dinheiro, nem entender o vocábulo "provisão"?
Qaunto à facies no cargo, não é excepção no actual governo (sendo escusados nomes). Apenas me ocorre a expessão "trombadinha" com todos os seus significados.
3. E, apesar, o Sócrates precisa ver a sua imagem processada por profissionais... Contudo, se olharmos com atenção, e formos bons observadores, podemos ver o que está por trás da máscara. E ele há coincidências! Logo hoje o caso Freeport para os jornalistas envolvidos teve o desenvolvimento que teve... Ah, o canudo! O canudo Universitário? Valendo o que vale, se «as "férias" dos autócnes são um bom momento para instalar um barómetro no rabo de cada português», então o resto do ano é um bom momento para instalar um canudo no rabo de cada português, ou por outras palavras... podem metê-lo!
4. Não espere. Irá desesperar. Essa é a forma de estar da árvore entre os pássaros que voando se vão e os que virão. E quase só na Primavera. E sempre sem nome. O céu sempre esteve e irá lá estar; por vezes esquecemos-nos de o olhar.
Boas Férias
kk
Há rotundas necessárias. Há algumas desnecessárias.
Não há mais nada para ver na praia a não ser erecções incipientes perto de candidatas a boderek?
Recomendo a leitura do post do Jumento sobre a estratégia comunicacional do engenheiro.
"-Vamos embora.
- Não podemos.
- Porquê?
- Estamos à espera de Godot.
...
-Quer levantar-se.
-Então que se levante.
-Não é capaz.
- ...antes que a oportunidade se nos escape, vamos aproveitá-la. Que, pelo menos uma vez, nos seja dado representar condignamente esta raça abjecta a que fomos entregues pelo capricho de um destino cruel! Que te pareceu?
- Não prestei atenção.
-...
-... o ar está saturado dos nossos gritos. Mas o hábito é uma surdina poderosa...
- Temos que vir amanhã, não é?
- Temos....
- Não posso continuar assim por mais tempo.
- Isso é o que tu dizes."
Samuel Beckett
Godot é o nada.É o vazio.É o hábito. É a imobilidade.
Godot é o que nunca veio nem virá nunca.
Vamos lá "embora"!
Boas Férias!
"Os algarvios, pelos vistos, são muito ciosos da sua infalível masculinidade."
Um lugar comum que vale o que vale...
Anónimo das 9:48PM
“Magnífico Comentário” ...
Quanto ao ponto 4. «POIS» ...
Realmente “SURREAL” ou tão somente “REAL”. “Penso” ... que valerá a pena “esperar”. “Penso Eu” ... “Desesperar” faz mal “ficamos velhos”!!! Há + “estações” e, “outras” vão ter “nome”... o mais importante do que “olhar” é “ver”, o céu e não só ...
Porque não, para já «vivermos o nada como se de tudo tratasse» ...
Boas Férias
kk
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