O "debate" sobre o financiamento das campanhas é mais um pretexto para o circo. Tanto é assim que os candidatos tribunícios deixaram Soares a falar sozinho e partiram para outra. Apenas dois ou três esclarecimentos. A lei mudou. Onde dantes cabia tudo, agora só por vias estreitas e burocráticas se pode contribuir para uma campanha. Os cheques - único meio de pagamento admitido - são visados e têm de possuir a claríssima identificação dos doadores. E há limites para a contribuição de cada um. O resto é subsídio estatal e dos partidos. Cavaco, em função dos votos que estima poder obter, é o que prevê maior subvenção estatal e dispensou créditos dos partidos que o apoiam. Terminado o acto eleitoral, um a um, e bem discriminados, conhecer-se-ão todos os apoios financeiros de todos os candidatos. É o que estipula a lei "nova". Ao abrigo da "antiga", os financiamentos eram de tal ordem que até davam para exaurir os cofres dos partidos - por exemplo, Constâncio, em 86, limitou-se a receber armadilhas e um partido falido -, para "sobras" oportunas ou para "falhas" incontroladas (caso de Freitas do Amaral cuja campanha "à americana" lhe valeu um rol de dívidas inesperadas). É por isso que este episódio não passa de mero circo.
1 comentário:
Efectivamente, o debate sobre o financiamento das campanhas, é uma mera "manobra de diversão" e que ilustra bem que o prazo de validade de MS já caducou.
PS. Felizmente,os portugueses cada vez estão mais bem informados e não são "manipulados" por "debates" deste tipo.
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