Em menos de vinte quatro horas, dois "eventos" - ou não estivéssemos nós no "país de eventos" tão caro a Medeiros Ferreira - marcaram, por assim dizer, a "actualidade económico-financeira" da pátria. O primeiro teve lugar em Ponte de Lima e foi mais propriamente um não evento. Um sueco de quase dois metros de altura, em representação da IKEA, uma monstruosidade que vende móveis a granel, ponderou instalar na terra do ex-deputado "limiano" uma fábrica da dita. Digo ponderou porque o vi na televisão a dizer precisamente isso. "Vamos estudar o assunto no verão", acrescentou. Sócrates, com o diletante dr. Pinho a sorrir por trás dele, foi abençoar esta hipótese a Ponte de Lima onde, com a habitual irresponsabilidade autárquica, o respectivo presidente da Câmara já dava o facto como consumado. O outro "evento" passa-se em Bruxelas mas reflecte-se aqui directamente. Segundo consta, o Parlamento Europeu prepara-se para chumbar o magnífico arranjo financeiro de Dezembro último que previa para Portugal uma boa "fatia" do orçamento europeu - os famosos "fundos" - para o período 2007-2013. Por causa disso, Sócrates veio dessa cimeira em ombros e recebeu o justo aplauso da nação pedinte e agradecida. O argumento para o chumbo devia dar-nos que pensar, não fosse o caso de andarmos entretidos com a medíocre campanha presidencial. Consta que os países "do alargamento" -ou seja, os "centrais", de Leste, e não a periferia esquecível - não são suficientemente beneficiados pelos ditos "fundos". Em nome dos deputados portugueses, a glamorosa Edite Estrela já veio garantir que não seremos atingidos. Pelo sim, pelo não, um secretário de Estado já caminhou, apressado, para Bruxelas. Estes é que são os eventos que interessam e que devem pesar no voto de domingo. "It,s, once again, the economy, stupid".
8 comentários:
antevendo o q irá ser de Portugal dp de 2013, já andam por aí projectos para "Resorts" de luxo...
Só uma pergunta:
Os comentários abertos são para manter?
São. Eu respondo a todos mesnos a anónimos.
Andam para aí a falar do choque tecnológico e, depois publicitam e o PM comparece, na cerimónia de intenção de investimento, numa indústria de baixo conteúdo tecnológico e de elevada componente em baixos salários.
Para cúmulo, o local definitivo ainda não está escolhido, existindo 20, vinte, locais possíveis.
Pergunta:quanto vai realmente gastar a IKEA, nesta fábrica? 0 € ou ainda ganha com o negócio?
Cumprimentos
Adriano Volframista
Caro João Gonçalves:
Ainda não sei se gosto do novo visual do seu blogue de referência.
Quanto ao «País de Eventos», limitei-me a dar o nome há coisa que já andava por aí.Lembra-se quando crismei os empreendedores?
venho tirar o h e mudar o acento!
o canalha do "engenheiro" farta-se de fazer tristes figuras.....
o pedinte que conseguir a maior esmola leva o meu voto!
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