O dr. António Costa, um sólido político, explicou que só a maioria absoluta do PS pode resolver o problema da governação. É assim - continuou - porque não existem condições para "alianças" com a "esquerda" do sr. Sousa ou do dr. Louçã. Com um bocadinho de sorte, ainda vamos ver o eng. º Sócrates a avisar a nação que só aceita governar se lhe for outorgada a dita maioria. Seria, no mínimo, um remake despropositado de Cavaco em 1991 e de resultado mais do que duvidoso agora. Ninguém mais do que eu acha que a maioria é realmente necessária. Pedi-la, no entanto, não se reduz a um mero exercício lexical ou psicológico. Ajuda, de facto, e pouco mais. O eleitorado a quem o pedido primordialmente se dirige já não tem quaisquer ilusões. Precisa de um "mais" que o convença. Entre isso e o partir para a abstenção ou para um voto inútil, o passo é deveras curto. Miguel Cadilhe disse outro dia uma coisa interessante à qual porventura não se prestou a devida atenção. De entre o emaranhado de problemas que impedem que isto ande para a frente, é melhor escolher um, decisivo, e definir uma "meta" razoável e verosímil para o procurar resolver. Nada, pois, de "hiper-realidades" ou de torrentes incontroláveis de "soluções" em que ninguém acredita. De qualquer forma, já não há "soluções felizes" e é este "realismo" que deve ser explicado claramente às pessoas. Se assim for, é possível que a resposta ao "levantamento nacional" solicitado pelo dr. Santana Lopes seja a maioria absoluta do Partido Socialista.
1 comentário:
“Eu não estou convencido que o país na actual situação, principalmente ao nível das suas finanças públicas, possa agora pensar nesses projectos”, disse José Sócrates, em declarações registadas pela TSF, acrescentando que “isso não quer dizer que daqui a quatro anos, a oito anos", o país não possa pensar nisso.
"ter obtido de Sócrates a garantia que será possível fazer esse estudo relativamente a Portugal, caso os socialistas cheguem ao poder. "
http://ultimahora.publico.pt/shownews.asp?id=1213452&idCanal=12
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