3.1.05

O IMPASSE

É o título do texto desta semana do Rui Costa Pinto na Visão Online. Trata-se de um conjunto de oportunas reflexões sobre a "teoria do pastelão" proposta por Jorge Sampaio para "resolver" a crise. Como se sabe, recorre-se ao pastelão para juntar os restos aproveitáveis de comidas requentadas de que já estamos razoavelmente fartos. O resultado das eleições não deve servir de pretexto para "empastelar" ainda mais a vida pública nacional. Devem ser pedidas opções claras ao eleitorado, baseadas em rupturas democraticamente assumidas. Ou seja,´"nós" ou os "outros", e nunca "nós" com os "outros". Seja para o que for. Cavaco Silva fez isso em 1991 e não se deu mal. Eu sei que não há ninguém na paisagem parecido com ele nem a paisagem é equivalente. A "teoria do pastelão" não ajuda à maturidade do sistema democrático. Pelo contrário, infantiliza-o, passando um atestado de menoridade política aos principais protagonistas. Com "mensagens" deste género, para que serve andar a falar em maiorias absolutas?

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