A leviandade e a irreprimível pulsão "marketeira" de Pedro Santana Lopes chegaram a um patamar inusitado. Este primeiro-ministro acidental, que carrega diariamente a cruz da sua própria inverosimilhança, achou por bem comparar-se a anteriores presidentes do PSD que foram chefes de governo. "Ninguém fez tanto por Portugal", rezava a frase por cima de Balsemão, Cavaco Silva, Sá Carneiro, Santana Lopes e Durão Barroso. Por pudor, e não faltam outros argumentos bem mais substantivos, nenhum dos outros, ou os respectivos representantes, deveria ter consentido nesta manobra torpe depois de a conhecer. Só Cavaco reagiu como devia e passou imediatamente de herói de cartaz a "obstáculo". Parece que Lopes ainda não percebeu bem o que é que a opinião pública pensa verdadeiramente dos seus extraordinários dotes como governante. Esta tentativa pueril de se misturar com a melhor memória do PSD ou as trapalhadas no processo de formação das "listas", sujeitando-se a mais um brilhante atestado de carácter e de competência política passado por um outro "amigo do peito", em directo, nas televisões, são sinais que falam por si. Começa a ser preocupante pensar no que vai sobrar do PSD depois desta aventura. Sim , porque é de uma perigosa aventura que se trata. E quem é que está lucidamente disposto a confiar-se a uma aventura? Quem?
Adenda: "Golpes baixos...." na Grande Loja.
1 comentário:
Falta levá-lo a dar o passo seguinte, demitir-se de presidente do PSD. Não vai demorar muito.
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