Raramente leio o Barnabé. Não pertenço ao clube dos aduladores do Bloco de Esquerda. Às vezes acho piada ao dr. Louça, mas não suporto a sua arrogância de evangelista iluminado. Quanto aos restantes membros da pequena seita moralista, a minha alergia aumenta. O prof. Rosas, com a sua insuportável sobranceria, o mano Portas, um mero burocrata da esquerda, o rapaz do norte cujo nome me escapa, a filha do dr.Amaral Dias, a mocinha Drago, etc. Todos eminentemente esquecíveis. Hoje, por causa do Abrupto, fui ler uma prosa de Pedro Oliveira intitulada Maturidade. Parece que causou grande comoção entre os habituais frequentadores do estaminé de Daniel Oliveira. Ousou quebrar o "politicamente correcto" que o BE representa e que "este" Oliveira tão bem defende na praça pública. Discordo, no entanto, da tese do "outro" Oliveira. A maioria absoluta do PS, a ser alcançada, precisa tanto dos votos da "esquerda" encantada ou desencantada com o folclore do BE, como dos votos do eleitorado do "centro esquerda" e do "centro direita" que não confia em Santana Lopes. Eu atrever-me ia a dizer que precisa mais destes, até por uma questão de credibilidade. Votar no BE pode ser muito colorido e modernaço, mas não resolve um problema ao país. A "maturidade" reside precisamente, como lembra Pedro Oliveira, em perceber isso.
2 comentários:
Pois é, devíamos votar todos nos dois grandes partidos. Para quê haver mais opiniões representadas no espectro político? Sobretudo se aprendermos que "moçinha" não leva cedilha. Que grande crime, ser mocinha...
Pois é, devíamos votar todos nos dois grandes partidos. Para quê haver mais opiniões representadas no espectro político? Sobretudo se aprendermos que "moçinha" não leva cedilha. Que grande crime, ser mocinha...
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