O Diário de Notícias - sem link e, pelos vistos, sem se rir - num suplemento apelidado de "gente", entrevista, numa daquelas entrevistas idiotas de verão, o sr. Mendes Bota, dirigente máximo do PSD algarvio. O sr. Bota provavelmente tomou a entrevista a sério. Tal permitiu revelar a sua extraordinária personalidade. O título escolhido é, como se costuma dizer, todo um programa: "gosto do Donald e de todo o universo Disney". Livros à cabeceira? Bota costuma "ter um exemplar da National Geographic". "Sou assinante. Todos os dias leio três ou quatro páginas da revista antes de dormir" (fim de citação). Tem "o hábito de contar anedotas", uma coisa que "diz bem" com aquele facies e com aquela toponímia capilar. Relaxa na sua casa "a escutar os pássaros e a ver o mar". Não está "preparado psicologicamente" para casamentos gay (não sei se a pergunta era de teor pessoal) e "acredita" que somos nós que "construímos o paraíso". Bota já foi deputado europeu, presidente de câmara e é presentemente deputado da nação. Isto é, há muitos mais como ele. Por aí ou ainda por vir. O país está perigoso.
14 comentários:
Grande João!
Fartei-me de rir com esta sua posta!
O João, aqui atrasado, já lhe chamou "vate" e alguém, a propósito, comentou: "só se for vate foder".
Trata-se de uma figura circense, que tarda em ser metida, por "engano", na jaula do leão... Entretanto, vai encenando umas palhaçadas pont(u)ais que fazem rir a labreguice.
Bota Abaixo
distúrbio bipolar já foi conhecido por psicose maníaco-depressiva.
a dra. manuela devia convidar este conhecido e auto-prestigiado intelectual para ministro da cultura
tenho pena dos politicos que não reconhecem quanto são ridículos.
"deu bota". qualquer semelhança com o plural é «pura e merda coincidência»
PQP
radical livre
E vai tendo sucesso por cá, já que a concorrência nem lhe chega aos calcanhares. Quanto à regionalização, que defende com entusiasmo, talvez constituísse um caminho para o Algarve (não confundir com o Allgarve do ministro Pinho) desatrelando-se da enferrujada máquina que, penosamente, nos vai puxando, seguindo por vias mais dinâmicas, e mais limpas (falo da acumulação excessiva de poderes das Câmaras Municipais, geridas como quintas, sem a necessária coordenação e, mesmo, sem fiscalização adequada) por forma a pôr fim a desmandos que urge corrigir quanto antes. A actual AMAL, presidida pelo seu adversário Macário Correia, não parece capaz de levar a carta a Garcia, em termos de desenvolvimento sustentado e de um patamar elevado de qualidade, pelo que a alternativa Bota, entre uma locomotiva enferrujada e uma AMAL corporativa, à falta doutra melhor, pode constituir uma alternativa válida.
Meu caro "opinion-maker"
O que retenho desta sua análise simplista é a frase: "o país está perigoso".
Inteligente observação, mas simplista e redutora.
Eu diria antes que o país está sem ideias, sem alma.
E muito por culpa de apenas observarmos os outros com o intuito de escrever umas gracinhas num espaço público.
O verdadeiro perigo, o mais mortífero, reside na incapacidade de mudar, de criar espaço para o surgimento de gente séria que se interesse pelas pesoas.
Enquanto só houver show-off, vindo de políticos ou analistas, a treta continuará.
e pesa 108 kgs.outro q n v a pila
Percebem agora porque é a outra não foi ao Pombal?
Não sei o que têm contra o Bota.
Bem pior era o Mário Soares e ó pra ele agora.
Pois.
Mas se atendermos às comissões e sub-comissões que avalizam as listas de deputados e afins, é caso para se perguntar o que estavam a fazer ao aceitarem-no as ditas listas.
Já agora, se a qualidade é assim tão fraca, como é que continua alegremente nos cargos que tem?
Bota-fora
Quando um anónimo quer coarctar opiniões e emite as suas, estas caem no vazio do ridiculo. Nunca vi 2 anónimos falarem um com o outro...não existem, porque falam?
É como 2 cegos irem juntos ao cinema.., ou separados..vai dar ao mesmo.
O importante será que não se afastem daqui, seja, quem(?..) for, mas falar com um anónimo será como ir a um espetáculo e ficar de costas voltada para o palco. Não faz mal desde que pague o bilhete e não incomode. E fará bem a alguém?
Uma sugestão: pelo menos un cognome!!
Olhe que entre este e o outro que, em entrevista para um qualquer diário espanhol, declarava morrer de amores pelo Ortega y Gasset (instantes antes de meter os pés pelas mãos numa profundíssima dissertação acerca d' "A Rebelião das Massas"), não vejo grande diferença. Se o outro é hoje primeiro-ministro, por que não há-de o Bota ser deputado?
Por mim, desde que ele não saque da viola e desate a cantar desalmadamente, como da outra vez, até podem elevá-lo a Papa.
Vate Bota
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