6.8.08

AS MARINES


O estafado princípio da igualdade quer dizer uma coisa muito simples: deve tratar-se o igual de forma igual e o diferente de forma diferente. A "igualdade constitucional" e o "progresso" obrigaram as forças armadas a admitir mulheres para as suas fileiras. Se ainda houvesse "comandos" ou as "forças especiais de Lamego" - no tempo em que esses "comandos" e essas "forças especiais" eram gloriosos - destinados a "teatros de guerra" e guerrilha, e não a passear a "declaração universal dos direitos do homem" pelos desertos, dificilmente uma mulher (como muitos homens, aliás, não aguentaram) aguentaria o esforço físico e psicológico exigido. Para não ferir a correcção constitucional, a Marinha vai abrir as suas portas a mulheres-fuzileiras. Nos últimos filmes do Alien já apareciam umas quantas "marines" que pareciam acabadas de sair do "Memorial Bar". O Alfeite aguarda pelas suas fuzileiras. Já não se "fazem" homens nem mulheres como antigamente. São todos iguais.

16 comentários:

Anónimo disse...

Caro JG
Agora, passou-se.
Não queira competir com uma mulher em esforço psicológico...! E o físico, não têm quantidade mas têm qualidade. É sabido que a mulher tem muito mais resistência ao cansaço e à dor.
Eu quando tenho uma constipação fico derreado. A minha mulher continua a lida doméstica e só se recusa se lhe doer a cabeça...
Ao fim dum dia de trabalho só tenho paciência para ouvir o telejornal e abrir a garrafa de cerveja. As mulheres, chegando do trabalho, ainda lutam com a máquina de lavar, com os filhos e com os bifes!
Falando sério. Todos sabemos que as mulheres só não iam à guerra porque tinham os filhos para criar. E uma mulher é muito mais valiosa do que 365 homens juntos. Um homem pode procriar no mínimo 365 vezes num ano. A mulher só uma. Logo teria de haver 365 mulheres para cada homem. Com este ratio não se podiam dar ao luxo de as mandar morrer na guerra!
Escusado será relembrar Bodica, Joana d' Arc, Leonor de Aquitânia, etc.
Quanto aos filhos, não há razão para preocupações. Parece que o lobby gay fica a tratar do assunto...);
Xico

Anónimo disse...

Consta que a Dina, apesar de entradota, vai ser o fuzileiro-chefe, perdão, a fuzileira-chefe.
Acho bem.

Anónimo disse...

"Um homem pode procriar no mínimo 365 vezes num ano."
Ou mais! Nos anos bissextos. E nos anos bons! -- JRF

Anónimo disse...

Não vejo que abertura do concurso deva continuar a preterir mulheres, no entanto já se sabe que basta que lhes exijam os mesmos exercícios de admissão que se pede aos homens para que não entre quase nenhuma. Em funções de combate há factores que não são indiferentes.
Força, velocidade e resistência tem de ser exigida por igual, dado que terão de exercer funções iguais, enquanto máquinas de combate. Por algum motivo, em eudcação física, é do que se trata, há provas diferentes para homens e mulheres.
Fará sentido ter de ir ali acima tomar um ninho de metralhadoras e ter de estar à espera de senhoras que correm mais devagar mas tiveram critérios de admissão menos exigentes? Faria algum sentido que ficassem à minha espera porque mesmo sendo homem, estava em baixo de forma mas fiz valer o meu direito a não ser discriminado por baixa condição física?
Quanto a isso da melhor resistência das mulheres à dor e ao cansaço é absolutamente ideia feita. E o caso do Xico, e da sua mulher, não quer dizer nada. Também eu tenho mais resistência ao cansaço que a minha mulher (nunca faltei um dia ao trabalho por doença, mas nem ela), mas a Naide Gomes faria muito melhor figura que eu em qualquer força militar.
Eu, que sou feminista, não tenho pachorra para aturar certas tendências para endeusar uns sexos em detrimento de outros. Tenho achado gente válida e verdadeiros imbecis e fdp distribuidos de forma verdadeiramente democrática independentemente do sexo.

Anónimo disse...

Xico,
nada a objectar, mas.
Que elas apareçam quando o factor necessidade (social) e capacidade (feminina) o possibilitem, é uma coisa. Daí uma Joana em França ou Padeira aqui no rectângulo.
Que as enfermeiras pára-quedistas tiveram um papel relevante em África, tudo bem. Exctamente por serem mulheres.
O João G, define bem o que são as exigências de combate/guerra. Nada de semelhante ás operações de simpatia pela paz que por aí andam e pagas a peso de oiro.

Mas já agora:
Para quando o acesso dos machos a nove felizes meses de procriação maternal?
Bravo

joshua disse...

A padeira de Aljubarrota...

PALAVROSSAVRVS REX

Anónimo disse...

O que já não espanta,
é que um obscuro e incapaz deputado, quase analfabeto,
mais conhecido por ser fadista do que por qq actividade de relevo na sociedade,
se tenha dedicado à tarefa de dar origem ás fuzileiras da Marinha.
Não teria este cavalheiro, na AR, nada de mais útil e importante a que se dedicar?
Resposta implícita: não.
Como tantos.
O que eles inventam, para mostrar trabalho.
Bravo

Carlos disse...

Quanto ao esforço psicológico, não sei com que tipo de mulheres está habituado a lidar, mas as da minha família davam umas quantas lições a muitos homens que conheço (digamos que têm aquilo que falta a muitos homens). Quanto ao esforço físico, é um dado biológico, mas existem mulheres que, do ponto de vista físico, apresentam condições superiores a muitos homens, da mesma forma que existem homens que não passam de uns "lingrinhas". A lei, que eu saiba, também não impõe quotas; limita-se a permitir que as mulheres que reunam os requisitos possam candidatar-se. É de elementar justiça, não acha? V. também não vai ao ponto de dizer que nenhuma mulher aguentaria o esforço, mas antes utiliza a expressão "dificilmente", pelo que admite que algumas mulheres aguentem. Ora, até aqui essas mulheres, as que aguentam, não podiam candidatar-se. Com que justificação? Mas numa coisa tem V. razão: já não se "fazem" homens nem mulheres como antigamente.

Anónimo disse...

na falta do parque mayer
servem para desfilar na avenida

Anónimo disse...

Não há qualquer razão objectiva, científica ou natural que diminua a prestação de uma mulher num teatro de guerra. Há muito tipo de operações em que as características exigidas não são só a força.
os homens foram privilegidadamente para a guerra precisamente porque não tinham os tais nove meses. É a única diferença. Há provas de admissão. Quem passa entra, quem não passa não entra. Foi o que quis dizer.
Quanto à resistência à dor, e agora vou-me contradizer, julgo saber que é um dado científico, que em geral essa é maior nas mulheres, como também é diferente de raça para raça. Não vale a pena, em nome de objectivos políticos, escamotear as diferenças positivas ou negativas quando as há!
Para desfilar na avenida, tanto servem os homens como as mulheres. Ambos são suficientemente belos para o fazer.
Xico

Anónimo disse...

JRF
Eu disse 365 no mínimo! Enfim seria o obrigatório, digamos, em caso de necessidade.
Mas se ficar muito ansioso à espera dos anos bissextos, sempre pode repetir a dose ao Sábado...):
Xico

Anónimo disse...

Quando eu tiver 80 anos quero ir para os fuzileiros. Igualdade é para todos!

Anónimo disse...

Desde que não se "suavizem" ou se definam diferentes critérios para que mais mulheres possam ser admitidas e aprovadas nos cursos de tropas especiais, eu não vejo razão para as excluir.
O que eu receio é que poderá ser "politicamente incorrecto" se anualmente poucas mulheres forem admitidas. E já estou a ver a esquerda a chamar as chefias militares ao Parlamento para explicarem à Nação a razão de não existirem X% de mulheres nos fuzileiros ou noutro qualquer corpo de tropas especiais. Aí (no Parlamento) os chefes militares receberão as usuais lições sobre a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres e receberão conselhos determinados, iluminados, inflamados mas comoventes dos jovens sábios das novas esquerdas (JS, JC, verde-eufémios, etc.) para deixarem de ser machistas e chauvinistas.
Concordo consigo, João Gonçalves, quando diz que “já não se fazem homens nem mulheres com antigamente”. Pela minha experiência pessoal e pelo que julgo saber da história da Humanidade, eu tinha a convicção de que, no geral, as mulheres têm "estado num patamar" acima do dos homens. Nessa escada da nossa evolução parece-me que os homens, nos últimos 50 anos, têm feito um grande esforço para descer dois degraus. E as mulheres têm estado muito empenhadas em atingir o nível dos homens.
As mulheres hoje parece que fazem questão em ser mais "machos" que o maior macho e mais "pu**s" que a maior pu*a.
Se ela existe, acho que estão a começar a perder a "guerra dos sexos".

Anónimo disse...

a resistência à dor não é dado científicio, tal como isso da conversa das resistências psicológicas e físicas não passa de opinião impressionista, feita a partir da observação exclusiva de uma família onde pelos vistos há tendências. claro que devem poder concorrer. mas em condições de igualdade e não com provas físicas mais simples. não vejo nenhuma situação de teatro de guerra, e que exija fuzileiros ou outras forças de elevado rendimento combatente, onde a força,a resistência e a velocidade não prevaleçam. aquilo é porrada a valer. não é para meninas, nem para meninos. é para quem aguentar. e lamento mas, em média os homens, saltam barreiras mais altas e correm mais depressa e trepam cordas mais depressa e atiram granadas mais longe. é por isso que há provas diferentes para homens e mulheres nos jogos olímpicos. num sítio onde se pode morrer, levam-se os mais capazes de resistir e não os que as quotas prevêem. as mulheres que passarem nas mesmas provas que eles devem poder ir, daí a abrir quotas e provas especiais vai grande diferença. não estamos a falar de administração militar ou de serviço de material onde as piores condições físicas não influenciam o trabalho. admito o mesmo para outras situações de combate de menor empenho que aquelas que recorram a fuzileiros.mas sempre com provas iguais para homens e mulheres.

Anónimo disse...

Outra questão é sobre a logística que isto implica em determinadas situações. Esta medida vai incrementar ou reduzir os custos de instrução e operação dessas unidades? Em quanto? Quais os custos directos e indirectos?
Não quero nem devo reduzir esta questão ao dinheiro mas ... gostava de saber.

Anónimo disse...

sendo eu o mesmo anónimo das 3:53,considero que a igualdade dos sexos não pode mesmo depender de questões financeiras. A ideia radical de que as mulheres são seres humanos em igualdade de direitos e deveres é para prosseguir. No limite constrói-se uma parede para separar ou mete-se a gaja que passar nas provas com as outras militares. Caro? Não é, mas se fosse, paciência!