19.8.08

AVENTURAS EM PEQUIM


O presidente do comité olímpico português, o quase eterno Vicente Moura (na linha do outro, o Madaíl), anunciou que abandona o posto no fim do ano. Não tenho acompanhado mas parece que a "participação" portuguesa em Pequim não tem sido famosa. Apercebo-me de gente que anuncia fins de carreira, desistências, fartações e outras heroicidades à altura do país que representam. Só a menina Vanessa e um outro qualquer, em "bronze", fizeram as "honras da casa". Vicente Moura pediu "profissionalismo e brio" e veio logo uma a terreiro para dizer que não tinha ido propriamente "brincar" para a China. Moura, por uma vez, esteve bem e respondeu que "a culpa não pode morrer solteira". Sucede que morre. Sempre estas entradas de leão com saídas de sendeiro. Não aprendem nem merecem nada.

12 comentários:

Anónimo disse...

a falta de profissionalismo, a atribuição da culpa aos outros,a ausência de dignidade começa nos dirigentes desta republica socialista.
os súbditos são o reflexo da porcaria que temos. o desgoverno também passa o tempo a fazer turismo.
não sou nostálgico como Ovídio, mas sinto certo desejo de regresso (nostos) a outras sociedades civilizadas onde já vivi.
porca miséria

radical livre

Vitor Esteves disse...

Não tarda nada o Sócrates (o nosso primeiro, não o outro) ainda vai ser acusado de ser responsável pelo aquecimento global!

Anónimo disse...

Não fica mal a um atleta que, esforçando-se com um desejo e uma vontade de vencer, não consiga atingir a 'meta' dos primeiros, dos heróis.

Ninguém é obrigado, por muito que se queira, a exceder a suas limitações : todos temos um 'tecto' das nossas capacidades e é isso o que nos "desiguala".

Contudo, afirmações de participantes, à margem das competições, feitas por, "supostamente", os melhores atletas que representam o nosso país, como por exemplo : «de manhã é para estar na cama», «como as quenianas são fortes, o melhor é não correr», etc., 'desabafos' destes, são imperdoáveis.

Afinal, o objectivo de 'certos e certas' atletas foi viajar e visitar a China, não à custa de esforço e vontade de vencer, mas ... À NOSSA CUSTA.

À NOSSA CUSTA ... e é isso o que nos doi !

Anónimo disse...

Segundo acabo de ouvir na RTP, o passeio desta gente a Pequim custou-nos (sim, a nós, contribuintes) nada menos que 15 milhões de euros!
Com as habituais derrapagens, é que presumir que o número peque por defeito.
Terão sido incluídas as despesas com o regresso triunfal?

Anónimo disse...

Caro João Gonçalves, leia acerca deste assunto o que escreve o Daniel Oliveira, ele explica de maneira clarissima o que está aqui em causa nesta megalomania, sem dúvida de inspiração "socrática", de exigir aos atletas aquilo que eles jamais estiveram em condições de conseguir.

Anónimo disse...

Vejamos:

- Umas olimpiadas devem ser preparadas com 4 a 8 anos de antecedência, isto na fase final;

- Antes disso, uma boa rede pré-escolar e escolar é essêncial para se detectarem e começarem a formar talentos;

- nem antes nem depois do 5 de Abril isso alguma vez foi feito;

- se alguma coisa foi conseguida, deve-se mais a valores intrinsecos e carolice de atletas, como a vontade de ir à Escola, já não sei de que atleta feminina do anúncio, que, quando faltava a camioneta (fantástico!!!!!), ia a correr a pé (claro!) para lá, do que a apoios de facto dados;

- Não esquecer Joaquim Agostinho, treinado a distribuir pão numa pasteleira;

- para já não falarmos de se mandar dirigente e atleta, e não TREINADOR e atleta, de se dizer que se que se gastou sem se investigar o que se pagou e quem;

- e já agora, não estão preocupados com os custos dos estádios do Euro e respectivos acessos, dos quais um está às moscas (Algarve), e outro está num clube falido (Boavista), e os restantes ...


Portanto, comecem a perceber o que se passa, e o que querem e não querem ....

Ritinha disse...

"Pequim custou-nos (sim, a nós, contribuintes) nada menos que 15 milhões de euros!"

Deixe lá, foi por uma boa causa, um grupo de pândegos que foi tentar fazer melhor que os outros, ou simplesmente gozar um agradável passeio.
A nós, nunca nos devolveriam os 15 milhões, e a alternativa era juntá-los a outros milhares que serão gastos em reformas douradas, autoestradas, TGVs e aeroportos...

Anónimo disse...

METAM A MEDALHA DA VANESSA NO CU, SEUS CABRÕES!

Anónimo disse...

Qual será esse outro qualquer do bronze? Algum que foi bronzear-se para lá?

Anónimo disse...

Sonhar é fácil. O investimento público, nestas coisas alinhavadas em cima do joelho, não tem rendido. Já o futebolístico europeu foi o que foi. As coroas de louros que o nosso (des)governo esperaria para animar o circo já eram. O pão, esse, continua a faltar cada vez a mais. O pior é que o fisco já começou a bater às portas por que o regabofe tem que continuar.

Anónimo disse...

«Qual será esse outro qualquer do bronze? Algum que foi bronzear-se para lá?
9:24 AM»

É curioso. Deixei aqui um comentário precisamente sobre isso, que agora não vejo. Ter-se-á constipado, o dito comentário? Evaporado? Lost in space? Entrou para a lista negra das discotecas em geral e dos espaços finos em particular? Quid?

Anónimo disse...

É por demais sabido que quem não tem não pode dar.
No desporto é o mesmo: quem não tem capacidade não pode vencer.
Mas o que me espanta são as ideias malucas de se querer que quem corre
100 metros em 12 segundos vá a umas olimpíadas para vencer quem faz o mesmo percurso em 11, 10 ou 9vírgula qulquer coisa; que quem salta 5 metros vá competir e vencer
quem consegue 6 ou 7; que quem levanta 150 quilos vá enfrentar e vencer quem consegue levantar 200 ou mais quilos.
È natural o desejo que sentem todos os desportistas de comparecerem em todos os jogos.
O senso tem de existir em quem dirige, pois não se devem deixar ir aos jogos os desportistas que, à partida, se sabe ficarem nos últimos lugares. Será despesa inutil.
É precisa uma oposição forte aos desejos de passeio dos treinadores e dos dirigentes das várias
modalidades, pois é aqui que está o busilis da questão.