16.11.07

A FALHA

Em qualquer parte do mundo, o aborto é uma falha grave. Despenalizado pelo sistema penal e pela sociedade política, mantém-se como uma falha grave. É assim que consta - e deve constar - do "código deontológico" dos médicos. Nada disso impede que ele se perpetre por qualquer motivo justificável, mas o princípio deve lá estar. Correia de Campos vai queixar-se dos médicos ao MP por alegadamente não estarem a cumprir lei do aborto. Correia de Campos é uma falha política da maior gravidade. A quem é que a gente se vai queixar deste soviete democrático?

14 comentários:

joshua disse...

Deve ter uma couraça tartarugueana. Que asco!

Anónimo disse...

Tá tudo lixado porque os portugas votaram nesta aberração. Agora só com revolução, ou... esperando por novas eleições. Os ministros - aquele a quem incumbe um cargo ou função; auxiliar; executor; criado - não sabem, nem querem servir; querem é servir-se dos pacóvios.

Anónimo disse...

Tido como grande "especialista" em saúde e depois de DUAS vezes a ministro quais os resultados?Fechou umas maternidades... deixando de lado os cancros da saúde, da falta de organização e de responsabilização.É tudo muito solidário mas isso paga-se e de que maneira.Estes internacionalistas andam de facto a fazer dos contribuintes gays!

Anónimo disse...

O assunto é tanto mais sério que não há reversibilidade na decadência. Marco Aurélio ainda quis salvar Roma ; tarde demais. A solução, como escreveu um «Templário», é surfar a onda até que ela se espraie completamente. Talvez então se possa começar de novo.

Anónimo disse...

o sr correia de campos, é um erro desde o primeiro momento. temos que o aguentar mais uns tempos. quando pudermos, e eu pessoalmente se pudesse, dáva-lhe um biqueiro no cú que ia parar à china.
até lá ele vai dizendo (que é o menos) e fazendo as maiores (ai temos motivos de preocupação) barbaridades.
um pais com listas de espera intermináveis; que encerra serviços de saúde, conforme manda e dá na gana ao merceeiro lá do bairro, que tem um superavit de defict; onde os hospitais são maus pagadores e maus prestadores de serviços - há hospitais que se confundem com morgues, e não é a brincar que o digo; o sr ministro vem dizer que vai levar o caso - como se ele existisse - ao ministério público. é parvo e isso não é grave, que nos queira a nós a fazer parelha com ele é que já é abusivo.
o ministério público, se fosse mesmo o que o nome diz ser, o que deveria fazer, em nome de todos, era mandar o sr ministro à

António de Almeida disse...

-A lei está em vigor, a práctica da IVG é corrente por parte dos médicos que não são objectores de consciência, nenhum médico foi alvo de inquérito por parte da Ordem, os estatutos da Ordem dizem respeito a médicos, algo que Correia de Campos não é, existem médicos com propostas de alteração deste e outros artigos dos estatutos, que diabo tinha Correia de Campos de se meter onde não era chamado? para mostrar autoridade, ou buscar protagonismo certamente, claro que encontra imediatos apoios, já hoje, houve quem desenterrasse mais um artigo, na busca duma causa não encomendada, outra situação em que aliás não se passa nada. Esteve muito bem o sr. bastonário, os estatutos da Ordem serão revistos por proposta dos médicos, quando estes assim o decidirem, e não por vontade ministerial.

Nuno disse...

A OM é uma corporação profissional pública cujos poderes são conferidos pela lei não se pode situar fora da lei! Transforme-se n1a associação privada de profissionais e então faça o que entender!
Acho q a OM tem é muita deontologia(na escrita e não nos comportamentos)e poucos médicos numa atitude intolerável de protecção corporativa à custa dos contribuintes q pagam os cursos e dps não têm médicos suficientes. O CC é um dos melhores ministros deste governo. Tb se disse cobras e lagartos da Leonor Beleza q mandou fechar quase uma centena de "maternidades" e afrontou a odioso e vergonhoso lobbie dos médicos. O resultado é q 15 anos depois o nosso ranking em termos de mortalidade infantil é dos melhores do mundo. Daqui a 15 anos vai-se dar valor ao trabalho feito agora!

Anónimo disse...

Para o «nuno» do coment anterior,só tenho que lhe dedicar uma velha música:blábláblá-bláblá-blábláblá-(pausa)-blábláblá-bláblá-blábláblá.Da Moirama...

Anónimo disse...

Efectivamente o Ministro está-se a preocupar com letra morta, o tal código deontológico.

Basta só ver a prestação dos médicos nas Famosas Juntas Médicas, e o "respeito", "ajuda" e "socorro" que dão a quem tem a infelicidade de lhes cair nas malhas.

Não é isto uma falha deontologica perfeitamente equiparável ao aborto?

Faz sentido condenar o aborto, mas permitir, e fechar os olhos, a esta condenação á morte lenta e com tortura?

Anónimo disse...

É difícil de entender "obrigar" alguém a praticar um acto que, conscientemente, julga ser um crime !

Que "obrigações" virão a seguir ?

Sal e Pimenta disse...

Concordo com o post.
A atitude do ministro parece arrogância, prepotência e estupidez natural.

Mais em:
http://so-sal-e-pimenta.blogspot.com/2007/10/isto-parece-arrogncia-prepotncia-e.html

Sal e Pimenta disse...

Nuno, quero apenas comentar isto: "O resultado é q 15 anos depois o nosso ranking em termos de mortalidade infantil é dos melhores do mundo."

Realmente e se as pessoas fizerem abortos de forma liberalizada e paga pelos contribuintes, isso não irá contar para a mortalidade infantil e o nosso ranking vai ainda ser melhor...

Sim senhor, isso é que é saber pôr as estatísticas a dizerem o que se quer!...ah, e matar alguém pelo caminho.

Anónimo disse...

O ministro foi inábil mas isso não dá razão ao bastonário.

As chamadas "ordens" são um resíduo da legislação corporativa, com reminiscências na ordem jurídica medieval.
Deviam ser extintas e as suas funções deviam fazer parte da legislação ordinária.
Além de que cobram quotas obrigatórias aos "sócios" também obrigatórios, sendo, parece, que a mais pesada é a "ordem" dos farmacêuticos e a mais extensa a "ordem" dos engenheiros que obriga a estar no seu seio uma considerável confusão de profissões diferentes, podem impedir de exercer a sua profissão quem não pagar as quotas ou quem não estiver de acordo com um sistema normativo que a sua elite pariu, e que como é confirmado pelas posições agora assumidas pelo “bastonário” (interessante título) da “ordem” dos médicos se podem estar cagando para a evolução (ética, jurídica ou outra) da sociedade, ou mesmo daqueles que são obrigados a lá estarem inscritos.

Já agora, sou visitante habitual deste blog há bastante tempo e lamento que ele se esteja a tornar num coio de fundamentalistas

Sal e Pimenta disse...

Só mesmo um fundamentalista para atacar desta forma.

Apeteceu-me ir ao dicionário ver o que este diz sobre as palavras "inábil", "coio" e "fundamentalista". Aqui está:

inábil

do Lat. inhabile

adj. 2 gén.,
sem habilidade;
inepto;
incompetente;
incapaz;
que não tem capacidade legal.


coio

s. m., pop.,
lugar onde se abrigam malfeitores;
valhacoito;
antro.

fundamentalismo

s. m., Relig.,
aceitação e defesa de um conjunto de princípios de natureza religiosa tradicionais e ortodoxos tidos por verdades fundamentais e indispensáveis a uma consciência religiosa (individual ou colectiva).