17.11.07

25/85

Faz oitenta e cinco anos e, consta, vendeu um milhão do Memorial do Convento que, por sua vez, faz vinte e cinco. Outras eminências mais novas decidiram comemorar o "evento" com perorações académicas no Convento. A "literatura portuguesa" é mesmo assim, só corre atrás da própria cauda e o Memorial emerge como o "fenómeno do Entroncamento" que antecipa a babugem literária dos tempos. Não admira que o Sousa Tavares vá em primeiro e o Rodrigues dos Santos por perto. Daqui a vinte e cinco anos, se ainda houver escolas e alunos, serão eles os donos do texto "literariamente correcto", rodeados da sua corte de atentos, venerandos e obrigados.

5 comentários:

Anónimo disse...

Li o Memorial e por aí fiquei no que concerne ao Saramago.Dos outros não li nenhum.Estou naquela fase da vida que só faço o que gosto.Olha,vou revisitar O Vulcão do Loury que me deu um enorme prazer na primeira vez que o li e que já foi há muito tempo.

E estou a ler um ensaio sobre Colombo e outro sobre D. Sebastião.

Há um livro fantástico sobre o Terramoto de 1755 (como seria Lisboa se ...)

Há muita gente a fazer a festa e a apanhar as canas!

Anónimo disse...

Peço desculpa em discordar abertamente do seu post; porque não é comparável a obra dos jornalistas com a obra prima que é o Memorial do Convento; decerto que daqui a 100 anos estaremos a falar deste notável romance e os outros não passarão de pormenores de rodapé. Não é assim com comentários sem qualquer argumentação literária que elevamos a moral da nação; até penso que este pessimismo lamuriento, ignorante e atávico é um dos nossos maiores problemas.
Castela

bruno e.a. disse...

não se preocupe tanto com a chamada de atenção, procure levantar mais a moral.
sim, sim! procurarei fazer o mesmo...
Continue com a sua escrita, eduque o máximo, bafeje-nos com a sua eloquência. Sem demagogia, continue.
Cumprimentos.

António de Almeida disse...

-Ainda bem que deixei os estudos a tempo de não ser obrigado a ler, nem tão pouco a sujar as mãos com livros do camarada Saramago. Está no entanto, prestes a acontecerem 30 anos, sobre o seu consulado "democrático" no DN. Em devida altura, irei evocar esse. Calculo que muitos mais o farão.

Anónimo disse...

Obra prima?
Só mesmo de Castela...
Acho que é mais obra tia - e tia-avó. Que chumbada!
Da-se!!!