6.11.05

O TRIUNFO DO RECALCADO

O que está a acontecer em França e que, por "simpatia", pode vir a acontecer noutros países europeus, corresponde uma uma sucessão convergente de fracassos. Durante anos a fio, nas arengas dos comícos, nos "manifestos" eleitorais, nos "seminários" e nas conferências", os partidários acríticos e os "intelectuais" do "Estado social" e do "multiculturalismo", "venderam" ilusões aos autócnes e a si mesmos. O equívoco da "integração" foi o culminar dessas estratégias pueris. Aos jovens de segundas e de terceira gerações de imigrantes a aos eternos "assocializados" que com aqueles partilham a mesma desconfiança do "outro", o "assistencialismo" do "Estado providência" nada diz. Espartilhados entre as "origens", cultivadas na família que não conhecem, e a "integração" forçada que não sentem, esta gente está numa no man's land pronta a dissolver-se ao menor pretexto. Por outro lado, foram excitados pela irresponsável bravata do "direito à indignação" cujo teor estão manifestamente a levar a sério, a ferro e fogo. No quentinho das suas retóricas, seria talvez a altura de pedir responsabilidades "morais" aos apóstolos do "direito à indignação", tão ainda em voga, como se vê nas eleições presidenciais portuguesas. Durante anos, andaram a pregar pelo "triunfo do recalcado" contra, entre outros, a fantasma "imperialista" norte-americano. Queriam o sucesso do "recalcado" ? Pois aí o têm.

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