6.4.11

«A PRIMAVERA SOU EU»


Os meus simpáticos leitores estão de tal maneira viciados na porcaria pública (na"demolatrina") que - registo a coisa com mágoa - são incapazes de apreciar este post que não mereceu um comentário. Pelo contrário, basta atentar no chorrilho de comentários neste outro post, por exemplo, para perceber por que é que as viagens da Páscoa estão praticamente esgotadas e por que é que a gasolina A alternativa é conduzir a "conversa" invariavelmente para "Sócrates", "Passos Coelho", "Cavaco", "banqueiros" que até esta semana (e contra Ferreira Leite em 2009) davam o cu e oito tostões para financiar as megalomanias de Sócrates sem aspas, "auditorias" que não servem para nada, "Bagão Félix" (o sem aspas não consta que se ou a ténia "Almeida Santos" e a sub-ténia "Carlos César", etc., etc., como se o mundo fosse este aborrecido e repetitivo linguare privativo do regime. Não é. Felizmente há mais coisas por aí. O segredo está em seguir a recomendação de Céline (vai aparecer muito aqui por causa do cinquentenário). «A primavera sou eu.»

9 comentários:

Bmonteiro disse...

É por isso João
que da carro ou de comboio, fujo frequentemente de Lisboa para a montanha.
Ou para a música.
Hoje, com duas conclusões a condizer.
A sua "demolatrina" e Rex com
"o avô do do défice" ou dívida.
O patriota MS & Família SA.
Houvesse uma autêntica actualização da língua portuguesa, deveria ser banido o termo "socialista", tão miserável é o destino que a 'famiglia' deste PS lhe deu.
A bem do Regime, claro.

Anónimo disse...

Touché.
Não comentei nem um nem outro.
O primeiro (assinalado) saboreei-o. Não tenho estaleca para comentar aquilo que por si já é BELO.
O segundo, porque quando o li, já era tamamha a grunhice nos comentários que, simplesmente, "fuji" com pensamentos de lamentos por si, João. Eles não sabem o que dizem revelando aquilo que pensam: MERDA.
Peço desculpa pela "assertividade".

Henrique Pereira dos Santos disse...

Não percebo as dúvidas sobre o conselho de Estado. Já ninguém se lembra da história com o Chico Buarque?
henrique pereira dos santos

jaa disse...

Meu caro: tem razão mas não a tem toda. Por muito que Donizetti (eu, simplório, adoro perdidamente o humor tonto d'O Elisir do Amor) e Netrebko mereçam muito mais elogios do que Pinto da Costa e Luís Filipe Vieira, é bastante mais difícil gerar polémica em torno de qualquer deles. Ou se ignoram, até por embaraço, ou se desfrutam sem grandes comentários.

Miguel Direito disse...

Pois eu, para escapar a este antro, ando a ler o "Diplomacia", do Kissinger, que tão grande é que aguenta toda a má fama com que esta gente o tem tentado torpedear.

Ao menos sabia ao que ia, sabia de História e tinha objectivos que ultrapassavam a sobrevivência rasteira destes políticos miopes (já para não falar de mitómanos, como o "nosso grande querido líder...")

Anónimo disse...

Como dizem outros não houve contestação.
Diga-se que as discussões sobre as divas da Opera estão muitas vezes ao nível das mesmas sobre futebol.

lucklucky

joshua disse...

Um pouco de tudo, João. De preferência, o Belo as 24 horas do dia.

Depois, alguma frivolidade passional no retrato à nossa Hora literalmente apocalíptica, reveladora do que estava escondido e não pode mais estar.

Gallião Pequeno disse...

Simpatizo pouco ou nada com o canto lírico ou música sinfónica e o conhecimento que tenho das mesmas é nulo. Com isto resumi o meu curriculum sobre a música que classifico como cultural. Porquê cultural? Talvez por isso mesmo, por não a conhecer.
A outra parte da mesma arte, a que me agrada de alguma maneira, está mais orientada para os atributos vibratórios e melódicos que estimulam o meu martelo (do ouvido médio, claro). Também sobre esta ouço e calo-me porque não posso emitir opiniões muito eruditas. Gosto de ouvir "a minha" música e fico feliz.
Quanto "à bola" define-se a ela mesma, ao pontapé. O que também me agrada em proporções iguais com outros desportos.
Sobre o resto, do Sócrates ao Passos passando pelos membros de toda a família, a coisa é diferente. Merda que estes senhores façam pode muito bem afectar irremediavelmente às minhas delicadas narinas ou danificar um par de sapatos.

Isabel disse...

Não é lá muito simpático tratar os seus leitores, generalizando, como "viciados" ou "incapazes".A adjectivação, embora atenuada pelo, vagamente paternalista,"simpáticos", parece-me excessiva. Compreendo o seu desabafo como visando uma chocante discrepância entre o interesse dispensado ao futebol e o desinteresse face à arte. Contudo, se me permite, o facto de eu, a título de exemplo, não saber viver sem poesia, cinema ou música, tal não implica forçosamente que aprecie ópera. Ou teremos de ser "tudólogos" em relação à produção artística?