«Esclarece a abrir que fez um livro de breves notas e não de teses, no pressuposto elementar de que a literatura não é democrática. Aquilo que condena à cabeça é a literatice pela literatice, mal que reputa ter atacado em doses decididamente não homeopáticas o que passa por literatura portuguesa contemporânea. Pugna pelo gozo estético, citando Nabokov, e esgrime contra a proliferação das más ideias em torno da literatura. O programa será vasto mas, posto assim, absolutamente consensual. E será também por isso que o seu livro, cuja irreverência se presume, acaba por saber a pouco. Se era para “bater”, uns eram desnecessários e outros faltam. Mas não fora para ler o seu argumento contra o acordo ortográfico valeria a pena: um ‘intelectual’ que fala em ‘uniformização da língua’ não é um intelectual. É uma besta.»
Ana Cristina Leonardo, Expresso. 9.4.11
Ana Cristina Leonardo, Expresso. 9.4.11
*a minha, evidentemente. «Não há outra objectividade que não seja a de tudo referirmos à pessoa que somos, àquilo que, para cada qual, a vida é.» (Jorge de Sena)
7 comentários:
Nem mais. O seu erro foi não malhar em mais, e sobretudo não malhar em alguns que lhe estão tão próximos (as tais "eminências", de Mexias a Viegas). Corrija isso na 2ª edição, se houver. E mande-os pôr um índice remissivo, homem.
a leitura está prevista no meu programa de Maio.
gosto de ir lendo mais de um livro mas não baralho os temas.
tenho de terminar:
jean de Léry. histoire, ed de 1580
Jerónimo Münzer; Viaje com gravuras de Portugal de Christoph Weiditz
a grafia não é problema
Vou lendo, post a post, o teu estrume excelentíssimo todos os dias. Mal possa, compro-o já que está disponível sob a forma folhosa e folheável. É realmente uma raridade sacra ser aforístico e certeiro no meio de tanto ruído for nothing.
Guerra aberta ao Acordo Ortográfico. Por mim já o declarei. Não pude impedir que umas bestas o aprovassem. Mas não compro nada impresso com a ortografia tupi.
Acabei de perder um comentário em que mostrava a minha indignação por este acordo ortográfico e pelo rebaixamento que ele significa para a lindíssima língua portuguesa.
No matter. Talvez este, menos contundente, não se perca...
Recuso-me a ver a RTP e a SIC e a ler alguns jornais e revistas e livros dos chamados 'escritores' de renome, que inacreditàvelmente o adoptaram. Honra seja feita à TVI e ao patriótico e independente jornal O Diabo, (aliás o único que não dispenso). Honra lhes seja feita.
O rebaixamento que significa a adopção deste acordo, não tem explicação, excepto por quererem nivelar o analfabetismo dos portugueses pelo dos políticos que nos governam há quase quarenta anos, com especial destaque para este último que obteve a licenciatura a um domingo.
Recuso-me a ver as televisões que escrevem em subtítulos "direto, "atual, atualidade" e um imenso etc., bem como a ler os jornais, revistas e livros que igualmente o fazem.
Trata-se de um crime de lesa-pátria que merece ser revogado o quanto antes por pressão dos portugueses de bem, para que a nossa língua não seja abastardada mais do que inadmissìvelmente já tem sido até aqui.
Os Blogs que ignoram olìmpicamente o acordo, sinal de inexcedível patriotismo e amor à língua de Camões e de Pessoa, merecem todos os tributos que lhes possam ser prestados.
Abaixo os adulteradores da língua portuguesa. Vitória para os que a respeitam e enobrecem.
Maria
Faltam algumas palavras no meu comentário acima (que estavam no que se perdeu) e que dão significado à frase seguinte: "Honra seja feita à TVI... e ao... jornal O Diabo... por se recusarem a cumprir os ditames linguísticos dos apatriotas autores do inominável acordo. Parabéns pela coragem e patriotismo. Honra lhes seja feita - ainda e sempre".
Maria
Maria das 3:50
Começo a ver que não estou só.
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