A dado passo da tetralogia de Wagner, Wotan desabafa que só foi capaz de gerar escravos. Não incorro no irreparável equívoco de comparar a extraordinária figura do deus de Wagner com um homem como Sócrates. Mas a forma como indirectamente se referiu a Lurdes Rodrigues para "amaciar" os professores em vésperas de eleições (são famílias e famílias de votantes o que para um mero calculista, afinal, ao nível do anão Alberich não é desprezível), recorda a fórmula de Wotan. Aliás, vê-se nas reacções, nos comentários e na fala dos seus que o líder do PS apenas soube congregar uma subespécie de escravatura intelectual e moral à sua volta. Só é bem feito para eles todos. O país é que nada tem a ver com esta mitologia barata a que urge colocar um termo a 27 de Setembro.
1 comentário:
A fácil superficialidade
e a melopeia postiça,
revelam a boçalidade
sem uma ponta castiça.
A repetição supersticiosa
inundada de vacuidade,
uma política fantasiosa
fragilizada pela realidade.
De água sacudida
dos capotes garbosos,
a seriedade iludida
por políticos sebosos.
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