Terminaram as chamadas "Queimas das Fitas" e, salvo raras excepções, o balanço foi o do costume: alarvidade+Quim Barreiros+garraiadas+comas alcoólicos. No antigo regime, os estudantes universitários eram pomposamente designados de "futuros dirigentes da Nação". Hoje, os futuros dirigentes da Nação formam-se nas "jotas" a colar cartazes e a aprender as artes florentinas da intriga e da bajulice aos poderes partidários, enquanto à Universidade cabe formar desempregados ou caixas de supermercado. A situação não é, pois, especialmente grave. Um engenheiro ou um doutor bêbedo a guiar uma carrinha de entregas com música pimba aos berros não causará decerto tantos prejuízos como se lhe calhasse conduzir o país. Acontece é que muitos dos que por aí hoje gozam como cafres besuntando os colegas com fezes, emborcando cerveja até cair para o lado, perseguindo bezerros e repetindo entusiasticamente "Quero cheirar teu bacalhau" andam na Universidade e são "jotas". E a esses, vê-los-emos em breve, engravatados, no Parlamento ou numa secretaria de Estado (Deus nos valha, se calhar até já lá estão!).
Completamente fora de tópico, mas penso que lhe interessará o artigo de hoje do FT:
"Like a fish, Europe is rotting from the head" By Wolfgang Münchau
Em particular a apreciação feita sobre Durão Barroso "In my view, Mr Barroso is among the weakest Commission presidents ever, a vain man who lacks political courage"
Finalmente um Sócrates inteligente. Ao que "se arrasta por cá", para uso corrente, o "inteligente" foi desde há muito substituido por "esperteza", traduzida nas mais variadas peripécias.
Dado o estado da nação, oportunamente sujeitaria o pensamento ao "malhadinhas" Silva, o qual iria certamente proceder às "necessárias" actualizações.
4 comentários:
Foleiros & doutores
Terminaram as chamadas "Queimas das Fitas" e, salvo raras excepções, o balanço foi o do costume: alarvidade+Quim Barreiros+garraiadas+comas alcoólicos. No antigo regime, os estudantes universitários eram pomposamente designados de "futuros dirigentes da Nação". Hoje, os futuros dirigentes da Nação formam-se nas "jotas" a colar cartazes e a aprender as artes florentinas da intriga e da bajulice aos poderes partidários, enquanto à Universidade cabe formar desempregados ou caixas de supermercado. A situação não é, pois, especialmente grave. Um engenheiro ou um doutor bêbedo a guiar uma carrinha de entregas com música pimba aos berros não causará decerto tantos prejuízos como se lhe calhasse conduzir o país. Acontece é que muitos dos que por aí hoje gozam como cafres besuntando os colegas com fezes, emborcando cerveja até cair para o lado, perseguindo bezerros e repetindo entusiasticamente "Quero cheirar teu bacalhau" andam na Universidade e são "jotas". E a esses, vê-los-emos em breve, engravatados, no Parlamento ou numa secretaria de Estado (Deus nos valha, se calhar até já lá estão!).
http://jn.sapo.pt/Opiniao/default.aspx?opiniao=Manuel%20Ant%F3nio%20Pina
Completamente fora de tópico, mas penso que lhe interessará o artigo de hoje do FT:
"Like a fish, Europe is rotting from the head"
By Wolfgang Münchau
Em particular a apreciação feita sobre Durão Barroso
"In my view, Mr Barroso is among the weakest Commission presidents ever, a vain man who lacks political courage"
http://www.ft.com/cms/s/0/a234e056-3d89-11de-a85e-00144feabdc0.html
Gosto muito de ler o seu blog. Continue e não se deixe abater.
Jorge Pereira
Boas João.
Finalmente um Sócrates inteligente. Ao que "se arrasta por cá", para uso corrente, o "inteligente" foi desde há muito substituido por "esperteza", traduzida nas mais variadas peripécias.
Dado o estado da nação, oportunamente sujeitaria o pensamento ao "malhadinhas" Silva, o qual iria certamente proceder às "necessárias" actualizações.
A
Rui
Essa é oportuna e lapidar. Parece ironia o que a homonínia não põe um Mouco a 'dizer' sem o ter dito.
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