... esta, de Reiner Werner Fassbinder, "roubada" à Grande Loja, apesar do contexto ser, de facto, pequenino: "É uma ideia que há muito me preocupa: devíamos conseguir perceber porque razão os homens, apesar de terem boas relações, não conseguem ser felizes por muito tempo. Por exemplo, trabalharem sem ser sob pressão, ou falarem realmente uns com os outros. É uma piada acreditar-se que as pessoas se compreendem quando falam umas com as outras."
2 comentários:
Meu caro João Gonçalves,
A frase é suficientemente forte, valendo a sua citação por si só, e não está inserida em qualquer contexto, por isso posta em destaque. Se é ao aparte que se refere, deixe-me explicar-lhe que este pretende, de facto, contextualizar aquela que deve ser a função de um teatro nacional: mostrar qualidade de trabalho, como o faz, em minha opinião, o Teatro da Cornucópia. Esta, em minha opinião (mais uma vez), parte de uma escolha selectiva dos textos, passando pela excelência dos criadores, e termina na qualidade superior dos vários intérpretes, presumindo eu que tudo é feito com toda a honestidade intelectual. Deixe-me também dizer-lhe que ainda este mês vou ter oportunidade de assistir à apresentação pela mesma companhia das peças “Esopaida ou a Vida de Esopo” (António José da Silva) e à “História de um Soldado” (Stravinsky/C.-F.Ramus), trazidas ao Porto pelo São João, o outro teatro nacional que, tanto quanto eu me atrevo a pensar, não se rende a orientações programáticas de intenção, no mínimo, questionável, como aliás hoje no Público alguns dos agentes culturais nacionais salientam.
Já agora, corrijo e acrescento: mostar uma qualidade de trabalho que sirva de referência a todos os agentes envolvidos na produção teatral.
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