Eu confesso que tenho uma certa alergia a "petições" a a "abaixo-assinados". É que, quando percorremos a lista de subscritores, corremos sempre o risco de encontrar alguém que nos faz perguntar o que é que está ali a fazer e de que é que se queixa. Por outro lado, duvido da eficácia do exercício, para além do seu carácter eminentemente simbólico, quando não, folclórico. Vem isto a propósito de uma petição que corre na internet acerca do ministério da Cultura, tendo por pretexto o afastamento de António Lagarto da direcção do Teatro Dona Maria. Como de costume, misturou-se tudo e há já quem sonhe com a cabeça de Isabel Pires de Lima servida numa bandeja. Sobre este assunto, eu já disse o que tinha a dizer uns posts atrás. Quer a ministra, quer o seu secretário de Estado, deram uma conferência de imprensa puramente política porque é para isso que eles lá estão, por mais que tal desagrade ao peticionários. Independentemente do respectivo conteúdo - a retórica nacionalista incomoda-me sempre, venha ela de onde vier - aquelas criaturas estão ali com um mandato democrático. E por mais que isso custe - e a mim duplamente, por ser amigo de Lagarto e não entender a opção por Fragateiro - eles é que mandam. Os erros, esses, pagam-se mais tarde. Os de uns e os dos outros.
Adenda: Eduardo Pitta, pois...
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