26.8.08

COM BOLHINHAS


«Devemos combater sem tréguas esta ideia de uma cultura sem esforço, sem resistência, sem atrito, esta obsessão de sermos todos divertidos e leves, com bolhinhas.»

Eduardo Prado Coelho

4 comentários:

Anónimo disse...

Excelente!
Era sempre um prazer ver EPC desfiar o fio, uma vez mais bem lembrado, neste Portugal dos Pequeninos.

Anónimo disse...

para sua informação sobre o EPC
até à doença que vitimou o meu querido amigo Prof. Manuel Antunes tive alguns contactos com vários profs de letras uns velhos conhecidos, outros não. achava mal que as "senhoras" o nomeassem pelas alcunhas próprias e da família próxima. o Prof Antunes não aprovava. achei que alguns tinham razão ao mostrar o carácter intriguista através de histórias parisienses e lisboetas pouco dignas.
o médico que tratava o prof Antunes fez diagnóstico, a meu ver propositadamente errado sem recurso a análises clínicas. quando verifiquei que se alimentava com sacrificio e estava à beira da inanição levei-o a fazer uma análise. tal como pensava não era diabético. foram tempos dificeis do prec e o Prof Antunes pagou com a vida a sua acção discreta. só me apercebia quando o visitava na casa da Lapa e o irmão vinha dizer quem estava ao telefone. eu podia saber por ser de confiança apesar de maçon do gol que esclareci inicialmente. manifestou interesse pela sorte da chafarica por onde passou o Prof O. Marques.
Saúde e Fraternidade

radical livre

Anónimo disse...

Memória do seu tempo de estudante.
Do nosso tempo.
Antes do Novo Estado, o que temos agora.
«cultura sem esforço», poderia ser tambem,«estudo sem esforço».
Ou «ensino», «justiça», «governo»...
Bravo

Anónimo disse...

Esta ideia absurda da cultura sem esforço não é apenas de agora. Já vem dos tempos em que muitos pais ignorantes se começaram a lastimar do muito trabalho escolar que tinham os "mininos" que nem lhes dava tempo para brincar.
Começou-se por eliminar o latim. O resultado está à vista Tenho lido trabalhos de muitos advogados em que os erros de ortografia vêm em catadupa.
Depois avançou-se ainda mais porque os pais sem formação e as mães vaidosas, querem, por razões bem conhecidas, que os seus filhos sejam ases da bola ou cantores de fama. O problema começou com a estupidez de muitos pais e prosseguiu com a incapacidade de muitos ministros da educação.
E chegou-se até aqui em que passam mesmo os que nada sabem.