14.2.08

OS MANSOS


«É preciso ter caos dentro de si para dar luz a uma estrela», escreveu Nietzsche. À nossa raça, JPP, falta desgraçadamente esse caos interior. Só se houver uma "explosão" por inacção. Como V. dizia ontem na "Quadratura", estamos todos sentados e entregues a esse homem precário que é 1º ministro . Literalmente, como em Raul Brandão, sem tecto entre ruínas.

13 comentários:

fado alexandrino. disse...

Peço desculpa, mas trata-se de um dos meus livros preferidos.
"Sem Tecto entre Ruínas" é de AUGUSTO ABELAIRA [Coimbra, 1926 - Lisboa, 2003]

João Gonçalves disse...

então vá lá ver de onde vem o título. já tivemos essa discussão.

fado alexandrino. disse...

Pois não sei,já agora remeta-me para essa duscussão pois gosto de aprender.

Fernando Antolin disse...

Cada vez mais me convenço que,se já não bastara a sangria de Alcácer-Quibir e o que de melhor da élite e não só,por lá ficou, mas depois,"...por si acaso...", alguém no Cosmos meteu uma providência cautelar a este País...

Anónimo disse...

Que não lhe passe despercebido mais esta pérola da nossa «classe política», que foi a Madrid «comemorar» :

- «Realizou-se ontem em Madrid, uma parada evocativa dos duzentos anos do início da Guerra Peninsular, participando soldados uniformizados à época, dos exércitos espanhol, francês, polaco, britânico e português. Estranha foi a versão dos acontecimentos apresentada pelos organizadores, porque de um lado, colocou o Reino Unidos, a Espanha e Portugal, enquanto os invasores foram os exércitos franco-polacos de Napoleão I. É uma revisão da História e tão inédita, quanto abusiva. Elimina a aliança franco-espanhola de 1801, esquece a chamada guerra das Laranjas, a batalha de Trafalgar, o Tratado de Fontainebleau e a consequente partilha do território português e por fim, a invasão conjunta de Portugal (1807), pelos exércitos de Bonaparte e de Carlos IV. A única interpretação a dar a este claro mascarar de uma realidade desagradável para o reino vizinho, deve-se decerto, ao desejo dos espanhóis - sejam lá quem eles forem -, de figurar entre os vencedores. Desta forma, os tratados de aliança com o imperador, a abdicação dos Bourbon em Bayonne e a ascensão de José Bonaparte ao trono madrileno, são meros detalhes sem importância».

Nuno Castelo Branco, em «Estado Sentido»

Nuno Castelo-Branco disse...

Muito obrigado pela citação, também fiquei boquiaberto com o desplante dos espanhóis, e mais ainda, com a parvoíce dos "representantes portugueses" que a tal paródia se sujeitaram. E ainda querem uma tal 4ª república. Imagine-se o que seria!

Anónimo disse...

A 4ª República, Monarquia Republicana, Qualquer Coisa, implicaria não ter estes deslumbrados de "má" província, a passarem estas vergonhas lá por fora, sem sequer darem por isso.
Mas infelizmente concordo consigo. Seria uma empreitada impossível. Estamos instalados numa modorra, numa letargia, de muitos anos de mau ensino e "boa" televisão, à espera de um D. Sebastião que nos venha libertar destas pessoas, que nascem como cogumelos,cujo grande pecado é terem vergonha de ser portugueses e de promover a nossa cultura.
Temos ESTRANGEIRADOS no poder e infelizmente não vejo maneira de saírem de lá.

Anónimo disse...

Não têm sido sempre ou quase sempre os "estrangeirados" a fazer avançar a terrinha? O problema não é serem estrangeirados,é serem incompetentes. Aliás a nossa brilhante classe politica actual tem tantos "estrangeirados"?Quais? Antes houvesse um Pombal actualizado e disponivel,mas não há.

Anónimo disse...

Estrangeirados ? Prefiro os proboscídeos do Zoo. Isto é uma gente que nasceu noutro sítio.

Anónimo disse...

Este Nuno Castelo-Branco ainda se mete em trabalhos. É que aqueles a quem ele chama nossos donos, logicamente olham para ele e para nós, como uns cães a mais. Atenção e tento na língua.
Pedro Matias
Lisboa

Anónimo disse...

Rectifico. Quando disse estrangeirados não me referia a gente com "mundo", que tenha contactos com outras culturas.
Refiro-me a pessoas que não entendem a aculturação mas sim a imposição cega de culturas estrangeiras.
Pior ainda são os servis ao poder e ao dinheiro. Sendo coisa que não abunda em Portugal, levam-nos a dobrar a coluna a outras gentes, não se vão perder boas oportunidades de negócio (sabe-se lá para quem).

Nuno Castelo-Branco disse...

Ao Pedro Matias
Era só o que nos faltava, parece-me que já tivemos o tal tento na língua durante tempo demais. Se somos cães ou não, isso é o que vamos a ver. É que há cães que também mordem!

JP disse...

uuhhh!! basta ver pela sua foto Nuno! Não a a quira mudar não...
Também nunca vi um cao que ladra, e ainda morde!