19.2.08

FARSA

O "Diabo" entrevista generais contra a "situação". Sucede que, para além de estarem "na reserva", eles foram generais no tempo em que havia tropa e não voluntários para os múltiplos "exércitos de salvação" da ONU. Por isso, aquelas entrevistas são inconsequentes. A outra tropa, a fandanga do regime, ou se farta (Guterres), ou foge (Barroso) ou fica armada em salvadora da pátria por não haver "alternativa" (Sócrates e o seu cortejo bajulador). O mais provável, em 2009, é acontecer a Sócrates o que aconteceu a Costa, o meio-irmão do freteiro, em Lisboa: ganhar e reinar sob um manto de indiferença bovina disfarçada de democracia, defendida por meia dúzia de "intelectuais orgânicos" que se babam diariamente para os jornais e para as televisões. Uma raça destas - cobarde, acomodatícia, oportunista e sonsa - merece que alguém se mexa para alguma coisa? Enquanto isto for gerido, no poder e nos me(r)dia, (o tabuzinho da treta) por estes democratas estilo "bombas de esgoto", eu sou anti-democrata.

16 comentários:

FNV disse...

Mas se viesse uma ditadura - como a outra, que até matemáticos brilhantes expulsou - tenho a certeza que você passava à clandestinidade.
E beberíamos, finalmente, o tal café ( caso o João não tivesse mudado de ideias).

Anónimo disse...

Posso compreender a sua falta de pachorra para aturar o situacionismo, mas daí a rependurar nas paredes estes quadros e estas fotos vai um rubicão que faz mal em atravessar. O João dá às vezes a ideia de só ter retrovisores : ora falta por aí uma janela de futuro.

Anónimo disse...

que sua excelência é anti-democrática já nós tínhamos percebido há muito. que novidade

Anónimo disse...

o diabo?ó diabo!!!

Anónimo disse...

“O quinto império”
Mal chegou, Clément compreendeu a razão de ser de Portugal, precisamente a de não ter nenhuma (39)
... nós somos púnicos, parecemo-nos comos mercenários de Amílcar e todos esses matreiros do mediterrâneo. Nós somos girinos... (49)
Em português, as palavras são um simples meio de simpatia, ou o seu contrário. As pessoas perdem assim horas em conversas inúteis, só com o fim de garantir a sua estima recíproca (95)
Como bom português, sentia-se fascinado pelo desastre e caminhava para o abismo (118)
Dominique de Roux (1977, Paris)
PS: Os chefes indígenas do novo regime, armados em cipaios do Império USA, parece terem conseguido levar esta visão de 74/75 à prática. Democràticamente?
JB

Anónimo disse...

Explique lá as duas primeiras frases que me parecem sem nexo,sem lógica e "inconsequentes".

Anónimo disse...

Perdão,queria dizer "as tres primeiras frases".

Carlos Medina Ribeiro disse...

Da boca de alguns generais (e de outros também dados a "generalidades"), tem-se ouvido, ultimamente, que "qualquer dia o povo faz e acontece".

Talvez tenham razão; mas palpita-me que Bordalo Pinheiro estava mais certo quando representava o "Zé" de albarda... mas sorridente.

Alguém tem dúvidas que o Zé, que tanto protesta, vai votar nos mesmos quando chegar a hora-da-verdade?

O resto, embora possa soar bem aos ouvidos dos mais revoltados, não passa de conversa-da-treta de quem não conhece a verdadeira índole do povo.

VANGUARDISTA disse...

Que bom que é , esta democraciazinha, toda Drs. sem canudo para aqui , Engs. da UI para alí, blá, blá , quanto baste, um banquinho para ti, uma administraçãozinha para mim.
E o povo?
Que vote sempre nos mesmos que rodam sobre sí próprios em jogos de betão; pague impostos; peça empréstimos e hipoteque-se até à 5ª geração; veja concursos de televisão e futebol; leia jornais gratuitos; trabalhe muito e produza pouco; e finalmente, parecendo que é livre, obedeça cegamente, quando chegar a hora de obedecer, o que no fundo, acontece todos os dias.
Ainda veremos os militares repor nas paredes as fotografias que , em má hora, apearam.

Anónimo disse...

O Voto á a arma do Povo!

A ABSTENÇÃO também!

Nuno Castelo-Branco disse...

Os generais, os coronéis e os almirantes... Desde o fim das Invasões Francesas que tutelam a existência deste país, pondo e dispondo de homens e de concepções, logo, de regimes mais ou menos duráveis. No entanto, quando a "situação" se torna perigosa, abstêm-se e aguardam pelos acontecimentos: 1º Fevereiro de 1908; 3-4 e 5 de Outubro de 1910; dúzias de vezes na 1ª república, 48 anos pelo Estado Novo , do qual foram os parteiros de serviço. E isto. Isto que todos contestam, criticam e querem que se desvaneça como bolhas de Badedas num banho já frio. O que querem que façamos? Digam lá Vossas Excelências, que juraram e perjuraram três bandeiras, tantas vezes!

aviador disse...

Qual a alternastiva, meu caro João Gonçalves?

Repare que não estou a ser irónico.

Apesar de estar quase sempre em desacordo consigo, estou interessadíssimo em saber quais as alternativas a este estado de coisas. Aqui e , digamos, na Europa Ocdental, democrática e em economia de mercado.
uma discussão dessas, sem sobrancerias liberalóides, seria interessante, aqui, na bolgosfera

Anónimo disse...

Os «elegendos» borrifam-se para a abstenção porque seja qual seja, mesmo "pornográfica", são eleitos.
Sempre.
O que pode deveras "chatear" o sistema, é o voto nulo ; aquela indecência de votar em todos os partidos, ehehehe

Nuno Góis disse...

Boa lufada de ar fresco caro Carlos Medina Ribeiro. Obrigado

Carlos Medina Ribeiro disse...

Uma dessas caricaturas que eu atrás refiro (em que Rafael Bordalo Pinheiro representou o Zé Povinho "albardado mas satisfeito") pode ser vista [aqui].

Anónimo disse...

O protesto cívico próprio de uma democracia avançada é o voto em branco, claro.
Já usei uma vez e ficou diluído, juntamente com os nulos, numa percentagem isignificante. Logo o meu protesto não passou.
Agora, observando o comportamento das pessoas, junto a minha abstenção aos 40% do costume, à dos indiferentas sábios que já sabem que vamos sempre para pior, à dos que não têm dinheiro para se deslocar aos locais de voto e aos reformados pobres e doentes que não podem saír de casa.
Bastava a abstenção subir mais 10 ou 15 por cento e o alarme tocava.
O ideal seria a votação ficar confinada aos militantes dos partidos. Seria engraçado ver o PS com 35.000 votos à escala nacional, mas tal não será possível. Não conseguimos nestes 34 anos que a educação levasse as pessoas a pensar pela própria cabeça. Infelizmente continuam a ser altamente manipuláveis.