19.9.07

VIDA DOS MORTAIS - 6

Hoje é um dia de vergonha nacional pastoreada pelas mais "altas" figuras do "estado a que isto chegou". Basta ler a recente biografia de D. Carlos por Rui Ramos para se perceber até que ponto Aquilino Ribeiro esteve comprometido com a eliminação física do então Chefe de Estado. Temos, pois, um Estado "democrático" que não se sabe dar ao respeito e que celebra essa falta de vergonha e de memória no Panteão Nacional. Por isso, para quê respeitá-lo?

28 comentários:

Anónimo disse...

Este é um regime de crápulas.
Deixemo-los poisar, deixemo-los poisar.

Anónimo disse...

Este é um regime de crápulas e malandrões, da pior espécie. Mas eles lá se vão safando à grande e à francesa. Não importa os meios para atingir os fins, querem é governar-se e viver bem. Estão todos bem medrados, à nossa custa, como é óbvio.

Anónimo disse...

Caro Amigo,

Fala em Panteão Nacional.!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Acho que deveria falar em Pensão Nacional.
Parece-me bem mais apropriado.

Um abraço de um leitor cada vez mais enojado com o estado a que isto chegou.

Anónimo disse...

Um País de pantomineiros sem vergonha.Que desgosto,viver neste tempo miserável.

Maria Lua disse...

João,

parece brincadeira mas queremos mudar o mundo! E no dia 21 de Setembro queríamos muitos blogues a falar sobre a PAZ.
Mas somos demasiado pequenos para conseguir tal feito (ou seja se houvesse um Pacheco Pereira a postar seria notícia nacional!), mas lembrei-me de um poderoso que gosto muito: o Portugal dos Pequeninos. Sei que não adere a "correntes", iniciativas ou outras tentativas do género, mas perguntar não ofende, correcto? Sempre poderá espreitar o assunto em: http://mariapudim.blogspot.com/2007/09/peace-one-day-21-de-setembro-2007-post.html ou http://ppp.mudaromundo.com/
Este comentário não é para publicar, serviu apenas para lhe transmitir esta informação.
De qualquer forma, agradeço a atenção.
Até amanhã.

Anónimo disse...

Na verdade,há algo neste país que me está a obrigar a fazer um PINO!Tudo o que se aprende desde o berço até ser Pai/Mãe=Educador de novos berços,não sei bem se ética é o que aprendi ou se estou ultrapassada e isso agora chama-se qq coisa tipo "Inética"?É no que dá,sermos governados por esta pandilha descarada que tomou conta dos destinos do País...c/Aquilino no Panteão teremos de homenagear outros tts assassinos q tds os dias se cruzam em cada curva conosco? E o PR não diz nada s/isto? Ou este tema é tb um dos tais de que não pesca nada, dada a S/falta de «cóltura».
A minha alma tá parva:não sou Monárquica,sou até Socialista(nunca socrática,nem pouco + ou -...)mas isto é BIZÁRRÔ,no mínimo...ENTÃO NÃO FORAM OS N/REIS, AS ENTIDADES MAIS IMPORTANTES QUE ESTE PORTUGALINHO TEVE EM 800 ANOS DE HISTÓRIA?!A República foi o regime que substituíu a Monarquia,mas dar honras de Figura de Estado a um Regicida...? Estamos aonde? Oh valha-me Deus,anda por aí MUNTA PAROLO a trocar o passo e nós a vê-los passar...e a elegê-los,ah,ah,ah!!!
Xau,bjs.Marafada.

mch disse...

É isso, João Gonçalves!

Daniel Azevedo disse...

Sinceramente, acho que acabar com a monarquia foi a única coisa bem feita em Portugal no século XX.
Posso não gostar do que faz o presidente da républica, mas sei que ele não me é superior em nada como cidadão e não tenho que o aguentar até que morra e seja substituido pelo(a) filho(a)[se isto não é a cunha suprema, não sei o que será!].
Actualmente vivo num sistema monárquico - Bélgica - e se é um Rei que os Srs acham que vai resolver os problemas do pais desenganem-se, há 100 dias que não temos 1º ministro depois de eleições.
A menos que o que o Sr. queira é um rei do tipo Dr. Salazar?...

Anónimo disse...

Caro Daniel
O presidente da república é o escolhido de alguns.
O rei não é superior a ninguém. Aliás é o servidor de todos.
Qual a diferença democrática em que seja o povo a escolher o presidente ou o mesmo povo decidir que essa escolha seja feita pela natureza?
Como vê não estamos perante problemas de democracia nem de representatividade, nem superioridade (só quem tem complexos de inferioridade julga um homem que vive numa prisão dourada desde que nasceu superior)
Comparar um país como Portugal, inventado e conquistado (não foi a espanha que nos cedeu território) pelos nossos reis, que o inventaram e construiram, comparar dizia eu, à Bélgica, cujo trono foi oferecido a um rei estrangeiro para ser factor de união dos seus povos, é desconhecer o mínimo dos mínimos!
E não se esqueça que a implantação da república trouxe o caos e a desordem e por fim a ditadura!
Talvez se na Bélgica o rei tivesse mais poder...!!!

Luís Bonifácio disse...

O que é que estava à espera?

Otelo Saraiva de Carvalho;
Isabel do Carmo;
Palma Inácio;
Terroristas condecorados

Aquilino Ribeiro;
Terrorista no Panteão Nacional, com honras de estado.

Robert Mugabe;
Terrorista e racista a ser recebido com honras de estado.

Diga-se de passagem se o governo tivesse recebido sua Santidade o Dalai-Lama, seria uma mancha em tão excelente curriculum.

Anónimo disse...

a recente biografia de d. carlos escrita pelo sr rui ramos é mesmo só isso, uma biografia. (avaliará o futuro a qualidade da produção do sempre incenssado rui ramos).
são vocês os donos do panteão nacional? da interpretação do significado de quem está deve ou não deve lá estar? qual é o problema do sr aquilino ribeiro ter estado 'comprometido' na eliminação fisica do dito rei? alterou isso a qualidade da sua escrita? será que o leram? alguém perguntou se o srº aquilino ribeiro quereria ir parar ao panteão nacional?
é uma vergonha sim que o estado use de todos os meios para se promover. as vacas do costume a arte os 'artistas' o desporto os 'atletas' que sempre alcançam 'grandes feitos para a pátria', mesmo quando se estão a borrifar para ela.

Anónimo disse...

Caro Daniel:

"sei que ele não me é superior em nada como cidadão"
- Se estivesse à espera numa fila de uma repartição de finanças e aparecesse o sr. PR (ou ex-PR), acha que ele ficaria na fila à espera da sua vez?
- Se o sr. PR (ou ex-PR) for apanhado pela GNR em excesso de velocidade, acha que leva a mesma multa que o "zé povinho"?

"não tenho que o aguentar até que morra"
Mas tem de aguentar até que ele morra:
- pagar-lhe o mesmo ordenado que recebia enquanto em funções.
- pagar-lhe um carro (e aposto que não é um Fiat Punto que tem de durar 10 anos) com motorista
- pagar-lhe um escritório onde ele quizer
- e mais algumas regalias do mesmo calibre.

Com isto não quero justificar a monarquia, a democracia à Portuguesa, ou o Aquilino, mas apenas apontar que o nosso sistema actual, disfarçado de "democracia" trata "como reis" os que nele "militam".

Cumprimentos.

Anónimo disse...

«Posso não gostar do que faz o presidente da républica, mas sei que ele não me é superior em nada como cidadão».

Também acho ... não há nada como um «gajo porreiro» e um «cidadão muito esclarecido» ...

Anónimo disse...

Não esperava nada que viesses aqui defender a ranhosa dinastia dos bragança.

César disse...

Mais uma acção propagandística do Governo: a reabertura das Minas de Urânio como motor para a salvação da economia nacional.

Faça as contas aqui: http://cafepuroarabica.blogspot.com/2007/09/os-mitos-e-falcias-da-explorao-de-urnio.html

e veja como os lucros são irrisórios, ao contrário do impacto ambiental. (desculpem a pub, e o despropósito)

Anónimo disse...

E quererá instruir-nos, por favor, revelando porque foi o derrube da Monarquia "a única coisa bem feita em Portugal no século XX."? E, uma vez derrubada, por coisa tão bem feita, o que se lhe seguiu foi, acaso, edificante?

Já agora, quererá fazer-nos crer que a eventual dissolução da Bélgica seria evitada se, em fez de monarquia, nesse país o estado tivesse a forma republicana?

Um facto há, suponho, que é inegável, em termos gerais: é em monarquias que de forma mais correcta vemos funcionar, em muitos países europeus (e não só), as chamadas "instituições democráticas".

Isso, bem mais do que o monarca ser mais ou menos do que eu (tanto mais que as monarquias vão sendo cada vez mais instituições desprovidas de efectivo poder, operando antes como símbolo último de unidade), é que não deveria, talvez ser ignorado.

Não pretendo afirmar que os estados republicanos sejam fatalmente "menores". Seria um disparate.

Mas pretender que a monarquia seja fatalmente menor (menos legítima, menos eficaz), é que me parece um discurso absolutamente anacrónico. E bem pouco democrático.

Costa

Anónimo disse...

Acrescento ao comentário do Daniel o facto de me espantar que quem defende Salazar não condene de igual modo o assassinato do general Humberto Delgado, isto para quem queria introduzir alguma mudança na vergonhosa ditadura que vincou ainda mais o atraso centenário de que ainda agora padecemos

Dois pesos e duas medidas quando convém... Isto realmente...
Haja pachorra...

Anónimo disse...

O senhor aí de cima que não gosta da manarquia... acha mesmo que se deve matar o rei?

Aladdin Sane disse...

... ou o triunfo da velhacaria. E depois, o quererem elevar Aquilino à categoria de génio literário aqui do quintalinho! Ontem foi exibido na RTP 2 um programa em que Alberto Serra, jornalista da RTP dialogou com Miguel Veiga e deambularam por alguns lugares descritos por Aquilino. Um bocejo pegado!

Anónimo disse...

Bem , o pior é que o dito Rui Ramos diz hoje aos jornais sobre isto:precisamente o contrario.
RHR

lusitânea disse...

Por acaso foi o ditador Salazar a quase concluir o dito panteão nacional.Mas com a fauna qua lá andam a colocar... deveria ser rebatizado por alguma loja...

Anónimo disse...

acho que não se deve matar ninguém; nem reis, nem presidentes; mas tem que haver alguma coerência na leitura dos restos que a História nos deixa

Anónimo disse...

Repare bem, sr JG, que as suas estimaveis referencias - Rui Ramos e Vasco Pulido Valente - dizem e explicam, ainda hoje, que as coisas não se passaram como aqui vem admitido.
Será que o RR é "variável"?

Luis Maia

VANGUARDISTA disse...

Por este andar o Dr. Mário Soares e o Sr, Saramago já têm poiso final garantido no Panteão.

E porque não também o Dr. Santana Lopes, ou o Major Valentim Loureiro, ou mesmo o Dr. Valle e Azevedo, ou o Dr. Pinto da Costa, ou os Comendadores "Xutos e Pontapés" (já lá está a Amália!), O Eusébio, o Figo e o Mourinho também não podem ser esquecidos, ou todos nós devidamente empilhados até ao tecto, sempre dava para fazer uns negócios imobiliários com o espaço dos cemitérios ...

Já agora o Sr. Escolari e os demais desportistas com passaporte nacional mas que têm pronuncias estranhas...

A partir de hoje o Panteão Nacional é um mero jazigo!

Anónimo disse...

A sério meu caro João:

Achas mesmo que Carlos Malheiro Dias, que consta que era bem informado, que foi fidelíssimo ao seu Rei e se exilou no Brasil depois de 5 de Outubro, aceitaria porventura manter, como manteve sempre, uma fraterna amizade com Aquilino, se Aquilino tivesse sido o matador do Rei?
Isto da História é coisa muito séria!
Um abraço do
LBC

Daniel Azevedo disse...

Gostaria só de responder a alguns comentários ao meu comentário.

Não sei que responda a quem me pergunta qual a diferença entre ser escolhido e ser imposto pela natureza (saltam-me à memória dois exemplos nacionais dos designios da natureza que se destinguiram pela qualidade: D. Afonso VI e Dª Maria I ).

"Comparar um país como Portugal, inventado e conquistado (não foi a espanha que nos cedeu território) pelos nossos reis, que o inventaram e construiram, comparar dizia eu, à Bélgica, cujo trono foi oferecido a um rei estrangeiro para ser factor de união dos seus povos, é desconhecer o mínimo dos mínimos!"

Deve estar a agradecer à Catalunia por se ter revoltado e desviado as atenções da Espanha, para que o duque de Bragança pudesse tomar o poder, quando diz que o território não foi oferecido.

Se um pais é melhor ou pior por ter sido oferecido ao Sr. Leopoldo em vez de ter sido conquistado pelo Sr. Salazar? A repostas está à vista no nível de vida dos dois povos.

"E não se esqueça que a implantação da república trouxe o caos e a desordem e por fim a ditadura1"

Somados a um povo analfabeto, um conflito mundial sem precedentes, militares revoltosos e uma galáxia de ditadores em potência, até me admira que o resultado tenha sido o "moderado" ditador Salazar.

Quando digo que o melhor que se fez no século XX foi abolir a monarquia, refiro-me em termos de instituições, na medida em que considero mais leal um sistema em que me é permitido eleger quem me governa. Há também o facto de um cidadão poder ser eleito para o cargo supremo, o que numa monarquia não acontece.

Uma última coisa: O rei tem que esperar na bicha das finanças, reina à borla e anda de autocarro?

Cumprimentos a todos

Anónimo disse...

«(...)considero mais leal um sistema em que me é permitido eleger quem me governa(...)».

O Sr não elege quem o governa. O Sr é governado pelos grandes grupos económicos e financeiros. O Sr quando «elege», «elege» os seus fantasmas e a sua fantasia ideológica.
Além disso, que já é enorme, no topo do Estado não se «governa». Quem governa é o governo. No topo do Estado, em Monarquia, está o símbolo da Nação que não se esgota em nenhum eleitorado. A Monarquia representa um tempo tríbulo ; o passado, o presente e o futuro. A dialéctica democrática da res-pública, a democracia, situa-se, em Monarquia, noutro patamar institucional que dá pelo nome da governança. É essa a grande diferença. Na República, está no topo do Estado um eleito que, na melhor das hipóteses representa metade do eleitorado e que, por um passe de mágica, se volve no «Presidente de todos os Portugueses». A Inglaterra é porventura - e desde a Magna Carta - a democracia mais antiga do Mundo e sempre foi uma Monarquia. Em Monarquia existem mecanismos constitucionais muito claros que exorcizam a putativa incapacidade do representante da Instituição Real, como aconteceu (raras vezes, diga-se em abono da verdade) no Reino de Portugal.

AHAHAHAHA disse...

Críticas de uma minoria risível a um grande escritor. O inefável VPV até escreveu que Aquilino é um escritor medíocre. Não nos esqueçamos, porém, que VPV já antes tinha dito maravilhas de Clara Pinto Correia e da sua escrita magnífica. Um verdadeiro crítico literário, aquele ser.