22.4.11

NÓS, IDIOTAS, OS QUE VEMOS TELEVISÃO


«A televisão, generalista e temática, anda toda a ouvir demasiada e freneticamente, os mesmos de sempre. Políticos. Deputados. Sindicalistas. Patrões. Economistas. Alguns parece percorrerem diariamente o “triângulo dourado” Carnaxide-Queluz-Chelas, participando no jogo das cadeiras dos estúdios de informação. Andam a substituir o governo numa acção de que este foge a sete pés: inculcar no povo a realidade da crise. Ora, a existência de uma situação excepcional convida a que as televisões abram os seus inquéritos informativos a um maior número de pessoas, ultrapassando os conhecidos do costume. Há algumas pessoas interessantes nos partidinhos que podem originar pequenas entrevistas, sem necessidade dos debates patéticos como houve no passado. Vivendo os canais tanto de cabeças falantes nos ecrãs, sempre era maneira de variar (...) Como ganham de acordo com a audiência, os canais saem para intervalo quando pensam que as fugas de espectadores para os canais ao lado os prejudicarão menos. Nas última semanas, os dois canais privados disputam qual interrompe primeiro o noticiário das 20h00. Esta semana, a SIC ou a TVI já fizeram cinco vezes o intervalo às 20h09. Nunca tal se vira na TV generalista» (Eduardo Cintra Torres, Público). Idiotas somos nós que as vemos.

6 comentários:

Anónimo disse...

Tenho muitas dúvidas sobre a possibilidade de um canal de televisão como SIC fazer o que fez hoje ao almoço, noticiando que a votação esperada obriga a um acordo que passe por PS e PSD, quando a direita soma quase 48% de votos. É grave demais, até porque já aconteceu há bem poucas semanas. Ou então é de uma assustadora incompetência, reveladora do ponto a que está a chegar o jornalismo e a desinformação em Portugal.

Anónimo disse...

Se me permite, mesmo aqui neste blog se pode ler o seguinte:

«Passos Coelho tem ajudado a este festim com a "mania" de ter de ter um "programa" e uma "ideia" a cada cinco minutos. Isto para não falar da sua desastrada corte que vai desde respeitáveis anciãos de outros tempos (Catroga) até Marcos sem ser do correio, provincianos e caciqueiros infinitos. E a história dos "independentes", depois de Nobre, quedou-se numa pequena tragicomédia sem a menor repercussão em votos. Começa a entender-se a estupidez, numa altura destas, de não ter sido formada uma coligação pré-eleitoral de centro-direita».

Não é assim tão diferente do que diz Constança.

joshua disse...

Na linha do que vemos, sentimos e lemos. [Abraço ao ECT.]

fado alexandrino. disse...

Até que enfim que se fala neste assunto.
É de terceiro ou mesmo quarto mundo uma televisão abrir o telejornal dar uma coisinha e partir para quinze minutos (voltamos depois de um pequeno intervalo) de anúncios.
Será que mesmo como magrebinos não merecemos melhor?

Anónimo disse...

O pior é quando os três canais vão simultaneamente para intervalo! Por mim, mudo para a "Dois" ou apago a televisão nesse momento...

Joana Patrão disse...

realmente caminhamos para um terceiro mundo...
onde para ter informação verdadeira teremos que pagar a tv por cabo!!!!!
mas não será a televisão e a politica que nos é transmitida uma novela com fraca qualidade e atores pouco convincentes?