No momento em que o São Carlos se transformou numa co-incineradora da sensibilidade e da inteligência, apraz-me igualmente saudar a memória de João de Freitas Branco independentemente da "política". Freitas Branco ainda viria a ser "recuperado", nos anos oitenta, por Serra Formigal e regressou ao Teatro de onde saiu praticamente para morrer. Lembro-me de o ver a almoçar no restaurante Trindade, nessa altura, quando eu brincava aos jornais. Não se fabrica mais daquilo.
3 comentários:
Na verdade já não se «fabricam» vultos intelectuais como o Prof. e Maestro João de Freitas Branco.
A «coltura» do país está entregue a uma estranha fauna que vai desde os «fracturantes» bobos da corte até aos mercenários do regime.
Actualmente ir ao S.Carlos ou ver a actuação do Aposento da Moita não faz assim tanta diferença.
Maior que o déficit orçamental, os portugueses deparam-se com um grande déficit cultural, a começar pelas auto-intituladas «élites».
Cada vez mais os portugueses estão mais broncos, analfabetos e consumidores de pimbalhadas e inglesadas.
bom como profissional
abominável como politiqueiro
Pois é:´uma geração de gente culta que sabia bem o que de melhor deveria ser realizado em defesa do do então designado "interesse público", coisa que os políticos actuais desconhecem de todo o que seja. Homens que serviram o Estado Novo ou que foram da oposição,a maior parte deles sacrificando interesses pessoais em defesa da causa pública. Agora vivemos na designada face oculta que é exactamente o contrário que esses grandes homens defenderam: sao as negociatas, os interesses pessoais a se sobreporem ao interesse público, utilizando o Estado para atingirem fins insconfessáveis. E nós, sem opção possível, a irmos votar naqueles que nos parecem ser um mal menor. Ao fim ao cabo, tudo se resume a uma questão ética e nesse tempo a ética era um valor que deveria ser, a todo o custo preservado.
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