Miguel Paes do Amaral, que mandava na TVI/Media Capital ao tempo da remoção de Marcelo, é agora o patrão do grupo editorial Leya. Pois bem. Um editor de livros - que arregimenta várias editoras - é adepto da censura por parte de quem manda. Não há outra interpretação possível para as inenarráveis declarações da criatura sobre o telejornal de Moura Guedes. Se dependesse dele, há muito que MMG estaria fora dos estúdios de Queluz. "Comigo, o Jornal de Sexta nunca teria existido", disse o livreiro. Curiosamente a Leya recusou publicar este livro depois de se ter aparentemente mostrado agradada com a ideia. Paes do Amaral é uma figura misteriosa. E, pelos vistos, perigosa. Que lhe faça bom proveito.
13 comentários:
Que dizer desses senhores donos de livros e de ideias na boa tradição manipuladora dos intelectuais «de esquerda»?
Que lhes interressa o «negócio» e só o «negócio» e que à imagem do que se passa no mundo do futebol escritores são mercadoria a quem eles sugam tutano. Amigo meu Reizinho de nome me disse aquando de romance seu que lhe impuseram título e capa... Para não falar dessa tramóia dos Direitos de Autor e dessa outra chamada Associação a que chupa quanto pode do comesinho escriba. A Altino Tojal que os venceu em tribunal faziam edições de que ele nada sabia. E isto é só meia conversa sobre esses amigos... dos seus. Pedra a tapar calar anular e excluir é com eles... Pra quem não for do bando. Parvalheira nossa de que já entre outros Herculano e Sena e Nobre fugiam!
A TVI acaba de lançar a pá de terra final sobre o trafulha que governa o país há mais de quatro anos.
Depois disto, não sei o que mais será preciso para corrermos com o gajo.
A que não pairem dúvidas a «Associação» de que no comment anterior falava é obviamente e Assiciação Portuguesa de Escritores.
Esse Paes do Amaral devia estar de bico calado, tantos são os telhados de vidro...
Espero que não me faça perder a paciência.
Meu caro, de que se queixa?
Isto só demonstra o que se escondia por detrás das frases rendilhadas de S, que tanto admira.
E também demonstra a única coisa que a Direita(inha) aprendeu com ele: a censura mesquimha, ainda por cima.
Quanto à Esquerda, esta limita-se a parasitar esta direita desmiolada ....
«Mención especial merecen los carteles de Ferreira Leite que jalonan las carreteras portuguesas. "Não desista. Todos somos precisos", reza. Pero la desolada foto en blanco y negro de la candidata, sin maquillar, podría hacer pensar a los turistas que visitan el Algarve que se trata del mensaje de una asociación de apoyo a la tercera edad o de prevención del suicidio.»
Jordi Joan, La Vanguardia
Cheira a 116 deputados laranja!
É tempo de acabar com o totalitarismo de esquerda, que o muro de Berlim caiu faz 20 anos.
Gavião do Mares
Porque não fazer menção a outras passagens da notícia do La Vanguardia, sobretudo quando se refere ao PCP como "el más ortodoxo de Occidente", ou apenas leu o que recebeu por email?
Talvez seja interessante pensar que a questão do Acordo Ortográfico começou a ser tratada à pressa mais ou menos na altura em que o Paes do Amaral ia comprando todas as editoras que lhe apareciam à frente - sendo uma delas a Porto Editora que, ainda o Acordo não tinha sido ratificado na Assembleia da República, já andava a vender o seu novo Dicionário de Português.
Balbino Caldeira é escritor?! Apenas porque pariu um blog de ódio cego, a exemplo do programa de Manaela Moura Guedes? Eles precisam é de psiquiatra e não de editoras.
Ocorre-me dizer: Não Leya!
Leia, leia sempre. Leia. Olhe que ler não faz mal. Leia, não se distraia, leia. Aprenda a ler. Leia. E se quiser distracção... leia.
Vesgo
Não olha por onde anda; limita-se a andar por onde olha.
No meu post de 2-9-2009 conto um pedaço da saga da publicação. Fica o resto para depois, mesmo depois deste pequeno relato que aqui deixo, em consideração ao João que até tentou ajudar-me a conseguir o impossível... Obrigado.
A Leya não se mostrou interessada apenas: apresentei o II Capítulo do livro (os posts que tinha publicado DPP), que agradaram e o projecto avançou. Nunca me foi colocado qualquer reparo sobre a minha escrita ou o conteúdo. Embora seja uma enorme curiosidade sobre os factos novos que eu disse ir contar.
Trabalhei na investigação e escrita durante largos meses (de Julho de 2008 a Fevereiro de 2009) no livro, com constante insistência da Leya para o terminar e apresentar a "Conclusão" do livro (a parte que tinha os factos novos). Pedi reserva de alguns factos que estava a investigar e até a reserva branca no livro para entrega sem grande demora e publicação sem fugas de informação.
Quando, em Fevereiro de 2009, entreguei a Conclusão - e não ia tudo porque tive a precaução de não enviar tudo -, fui informado que o livro ia subir a decisão da chefia acima da pessoa responsável pela etiqueta. Fiquei perplexo, até porque nunca me tinham falado disso. Disseram-me que tinha de ser tomada uma decisão sobre a oportunidade do livro (se se justificava) - não se tratava da opinião dos advogados, pois foi-me explicado que isso incidiria sobre a forma de um facto ou outro eventualmente mais polémico.
Porém, desde Fevereiro de 2009, e apesar de insistência minha, nada mais me foi dito - nem sequer atendiam o telefone!... Nem me devolveram, como é da lei, o material entregue - porquê?...
Quem tomou a decisão não sei. Não posso afirmar que o dr. Pais do Amaral foi informado e decidiu sobre a edição de um livro chamado "O Dossiê Sócrates", com o conteúdo gravíssimo que tem, sobre o primeiro-ministro de Portugal.
O que creio é que foi uma decisão política - uma decisão semelhante à que levou a Aletheia, de Zita Seabra, a nem sequer responder ao mail que lhe enviei (nem sequer quiseram ver o material que tinha...).
Depois, houve alguém que me ilustrou sobre o panorama negro da edição em Portugal e explicasse que o meu livro nunca seria editado, não seria distribuído (ou teria muita dificuldade e demora na distribuição) e não seria vendido nas aflitas cadeias de livrarias, nem nas superfícies comerciais. Ponto final.
E como não há a possibilidade de edição tradicional em Portugal, e o tempo político apertava, coloquei o livro para download gratuito (e com uma edição em papel o mais barata possível) na Lulu.com. E na próxima segunda-feira, quem quiser ter a edição em papel, pode comprá-lo na Amazon, como hoje comprará na Lulu, e até pode chegar a uma livraria qualquer em Portugal e pedi-lo pelo ISBN que indicarei (a Lulu envia rápido).
O objectivo é político: máxima difusão e ampliação. Por isso, decidi assim.
A alternativa que decidi, e que recomendo, sem desprimor da opção que outros tomem e, principalmente, consigam, é viável e permite que, neste momento em que escrevo, 60 horas depois da publicação, o livro tenha 5.649 exemplares digitais descarregados (downloads).
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