27.5.09

O LIVRO


Brevemente, nas livrarias no dia 5 de Junho. Prefácio de José Medeiros Ferreira. Porquê? Há trinta anos, perto da Pastelaria Cister, Medeiros Ferreira saía de uma tabacaria com o filho Miguel pela mão. Abordei-o por causa do "Manifesto Reformador" que tinha sido divulgado pouco tempo antes. Aos dezoito anos, não olhava para a política com a ironia e o desconforto com que a olho hoje. Os Reformadores, em 1979, romperam com a "língua de pau" do dr. Soares e defenderam (como continuo a defender) a liderança institucional do PR. Coligaram-se com Sá Carneiro por causa da flexibilização do sistema económico apesar da Constituição. Como é fácil ser "liberal" agora, em 2009. Mas regresso à Calçada Eng.º Miguel Pais onde mora o Medeiros Ferreira. Deu-me imediatamente um "molho" de Manifestos para distribuir. Ainda fizemos um segundo, o da "juventude reformadora", que redigi. Propusemos, em Abril de 1980, a "elevação" do General António de Spínola a Marechal. Também escrevi essa "proposta" - agora já se pode dizer - "combinada", suspeito, com o Presidente Eanes. Estivemos juntos na CNARPE que ajudou a manter Eanes em Belém depois de uma ruptura do acordo com o PSD. Nos anos oitenta, o Medeiros Ferreira esteve com o PRD e eu entrei no PSD. Acompanhou Zenha, eu fui para o MASP -1 a que ele se juntou na "2ª volta". Ele regressou ao PS e eu deixei o PSD em 2004. Foi dos primeiros a defender o "terceiro Soares" quando Cavaco, o meu candidato, ganhou às esquerdas todas. Nada disto, porém, é importante. Importante é o Medeiros Ferreira ser um espírito livre e independente das baias partidárias. Aceitou, sem hesitações pueris, prefaciar este livro com um texto magnífico. O resto é meu e procura, neste ano de tantos votos e de fim de legislatura absolutista, responder a uma pergunta muito básica: estamos melhor em 2009 do que estávamos em 2005? Ou, como se lê na capa, por que é que estamos como estamos?

Nota: Nada disto teria sido possível sem a iniciativa do Francisco José Viegas, o profissionalismo da Teresa Loureiro e o empenho da Bertrand Editora que aceitaram correr o risco de (me) publicar.

19 comentários:

joshua disse...

Festejo e rejubilo. Envia-me um exemplar, por favor, João. [Ou vários].

Blogue de Júlio de Magalhães disse...

Parabéns pelo livro que espero ter em breve a oportunidade de ler.

M Isabel G disse...

A capa está muito engraçada, João :)

Anónimo disse...

Você tem um passado glorioso. Para quando umas memórias também?

Anónimo disse...

encontrei Medeiros pela última vez em 1994.
um homem sério.
creio que a entrada dos reformadores na ad se ficou a dever a seu sogro Nuno Rodrigues dos Santos.
diga quando faz a cerimónia de lançamento (dia, hora) e onde.
no meio de tanta porcaria para a qual nem olho, é bom ler assuntos de interesse.

radical livre

João Gonçalves disse...

Radical: mande-me um mail seu e eu envio-lhe um convite.

Anónimo disse...

Vou ler


zé povinho

Unknown disse...

Caro João Gonçalves,

Quando é que vem ao Porto?

MJ disse...

Quando estará à venda o seu livro?

João Gonçalves disse...

Na próxima semana, dia 5 nas livrarias.

Karocha disse...

Gostava de ir também João Gonçalves!

Amado Estriga disse...

Caro João Gonçalves
Sendo já "veterano" do exército dos desiludidos...não deixarei, certamente, de espreitar o resultado final.
Abraço e bom sucesso.

Torquato da Luz disse...

Parabéns, caro João, deste velho "camarada" reformador. Vou devorar o livro, logo que o saiba disponível. Aquele abraço.

Anónimo disse...

Caro João Gonçalves: parabéns pelo lançamento do livro e tenho a certeza que tal como o blogue será um sucesso. Espero poder estar presente no lançamento.

. disse...

Obrigada João. O mérito é todo do autor, não da editora. Beijo.
Maria Teresa Loureiro

joserui disse...

E diga-nos uma coisa... O livro é exclusivamente com textos do blogue, ou leitura nova também? -- JRF

Bontempo disse...

Boa sorte!

Vítor Pimenta disse...

Caro João Gonçalves,carinhosamente, isso é coisa para quantos contos de rei? :)

Miguel Neto disse...

Boa notícia João Gonçalves. Como diz o Rdical Livre: "no meio de tanta porcaria para a qual nem olho". Já há uns quantos euros no meu bolso com o "destino traçado".