13.2.06

VENERAS


Jorge Sampaio está de saída. É bonzinho, em geral. Como "pessoa", digo eu. Todavia não é ainda hoje que me apetece escrever o seu epitáfio presidencial. Há dias, na TVI, o Miguel Sousa Tavares chamou a atenção para o facto de Sampaio andar a distribuir condecorações como caramelos, de tal maneira que alguém que passasse num perímetro de 50 metros ao redor do Palácio de Belém podia correr o risco de sair de lá condecorado. Os presidentes banalizaram as condecorações a um ponto tal que constitui verdadeiro motivo de distinção não exibir nenhuma. Calhou a vez - de passar pelo tal perímetro - ao director do Teatro Nacional de São Carlos, o dr. Paolo Pinamonti, e a Ana Lacerda, a "primeira bailarina" da Companhia Nacional de Bailado. Até ao fim, a outros há-de calhar. Só espero que Cavaco Silva modere esta "condecoratice" aguda e cortesã dos últimos anos. Fora isso, e como dizia o outro, o que é que uma venera interessa para a prova de Deus?

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