5.12.05

"LIMPAS"

Se eu conjugar este post de Paulo Tunhas com este, de Paulo Pinto Mascarenhas, tenho alguma dificuldade em reconhecer neles o político que eu acompanhei um pouco por todo o país, em 1986. Nunca, em nenhum momento mais "dramático" dessas eleições presidenciais, se duvidou que elas seriam "limpas". Essas ou quaisquer outras. No fundo, a entrevista que serve de mote aos posts citados mostra-nos um lado inesperado do dr. Soares, o melancólico. Intutivo como ninguém, Soares pressente que, desta vez, não dá. Pena é que, na sua legítima melancolia de "fim de festa", suscite uma falsa questão que consiste num híbrido perigoso e insinuante do "quem não é por nós é contra nós", do Estado Novo, com as "farsas eleitorais" desse mesmo Estado Novo. É, seguramente e até agora, o pior momento da campanha do dr. Soares.