5.12.05

DO REINO FLUTANTE

No meio de várias "pastilhas" anti-Cavaco, o Almocreve surpreende-nos sempre com coisas tão bonitas como estas: a lembrança de Ernesto Sampaio e de Fernanda Alves, em "Fernanda", já aqui mencionado ( "A tua ausência é como essas árvores perdidas num jardim ao abandono, que parecem transplantadas de uma floresta antiga, quando um perfume de infância habita a sua madeira. De mim não resta grande coisa. Não me chores. Aqui já não há fogo para apagar. Não me olhes (sei que não podes olhar-me). Estou quase a cair. Já não sinto o meu eu, o meu peso. Perco o equilíbrio, flutuo. Eras tu a gravitação da terra e do céu, e anulaste-as ..." ), e um pequeno texto sobre Snu Abecassis ( "Do Reino da Dinamarca, do outro lado da terra, um sangue feminino que encanta. Que salva, por sinceridade. Que conserva a revolta da juventude. Que é livre. E, decerto, para quem o horror mesquinho, provinciano e reacionário de Portugal era embaraçante, obsceno.")

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